Inseminação artificial ou fertilização in vitro? Entenda as diferenças e qual a melhor opção
Métodos têm com o mesmo objetivo, mas indicações, complexidades e taxas de sucesso distintas


Brazil Health
Com o avanço das técnicas de reprodução assistida, um número crescente de casais e pessoas que desejam ter filhos sozinhas tem buscado alternativas médicas para realizar o sonho da maternidade ou paternidade.
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Entre os métodos mais populares estão a inseminação artificial e a fertilização in vitro (FIV) — dois procedimentos com o mesmo objetivo, mas indicações, complexidades e taxas de sucesso distintas.
Conhecer essas diferenças é essencial para escolher o caminho mais adequado, conforme o caso e as expectativas de cada pessoa.
Entenda a inseminação artificial
A inseminação artificial, também conhecida como inseminação intrauterina (IIU), é considerada uma técnica de menor complexidade dentro da reprodução assistida.
Nela, o sêmen — processado para selecionar os melhores espermatozoides — é introduzido diretamente no útero da mulher durante o período fértil. Assim, aumenta-se a chance de encontro entre óvulo e espermatozoide, favorecendo a fecundação de forma natural dentro do corpo feminino.
O procedimento é rápido, indolor e realizado em ambiente ambulatorial, sem necessidade de anestesia. Geralmente é indicado para casais jovens em que a mulher tem as trompas livres e o homem apresenta alterações leves no sêmen, ou ainda em casos de infertilidade sem causa conhecida.
Também pode ser indicada para casais homoafetivos femininos e pessoas que desejam produzir de forma independente. As chances de sucesso variam de 10% a 20% por ciclo.
Contudo, a inseminação tem limitações: em situações mais complexas, como baixa reserva ovariana, endometriose avançada ou alterações mais graves no sêmen, a fertilização in vitro costuma ser a opção recomendada.
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Como funciona a fertilização in vitro
A fertilização in vitro (FIV) é uma técnica mais avançada, pois a fecundação ocorre fora do corpo da mulher. Após um estímulo hormonal para os ovários, os óvulos são coletados e, no laboratório, fertilizados com os espermatozoides.
Os embriões criados são cultivados e, depois de alguns dias, transferidos para o útero. Embriões excedentes podem ser congelados para uso posterior.
A FIV é indicada em diversos casos: trompas obstruídas, endometriose moderada ou grave, baixa quantidade e qualidade dos espermatozoides, idade materna mais avançada e quando outras tentativas anteriores falharam.
Essa técnica também permite o uso de óvulos ou sêmen de doadores e análise genética pré-implantacional, que avalia a saúde dos embriões antes da transferência, aumentando as chances de gravidez e diminuindo o risco de doenças hereditárias.
As taxas de gestação por ciclo na FIV costumam ficar entre 40% e 60%, variando conforme a idade da mulher e a qualidade dos embriões. Apesar de ser mais efetiva, a FIV é um procedimento mais caro e demanda acompanhamento médico cuidadoso.
Inovações tecnológicas, como o uso de inteligência artificial para selecionar embriões e o avanço nas técnicas de congelamento, vêm colaborando para aumentar ainda mais o sucesso dos tratamentos.
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Principais diferenças e indicações
Em suma, a inseminação artificial é indicada para situações leves e iniciais de infertilidade, enquanto a fertilização in vitro é uma alternativa para casos mais complexos.
As duas técnicas têm o mesmo objetivo: possibilitar que mais pessoas realizem o sonho de formar uma família, algo que há poucos anos poderia não ser possível.
Dra. Maria Cecília Erthal - CRM/RJ 408660 | RQE 30301
Médica especialista em Reprodução Humana - Brazil Health