Hidrolipo: entenda procedimento feito por mulher que morreu em clínica de SP
Cirurgia retira gordura localizada em pequenas quantidades e pode ser feita em consultório, mas dose de anestesia requer cuidado
Uma mulher de 31 anos morreu com uma parada cardiorrespiratória após passar mal durante uma cirurgia estética hidrolipo, na terça-feira (26), na zona leste de São Paulo. O médico que realizou a operação havia sido denunciado por 20 pacientes em 2022.
A hidrolipo é um procedimento para retirar gordura em regiões específicas do corpo, como uma lipoaspiração menor, mas realizada em consultório.
"Você injeta no paciente uma solução de soro fisiológico, anestésico, adrenalina e aspira a gordura", explica a cirurgiã plástica Beatriz Lassance, da Sociedade Internacional de Cirurgia Plástica e Estética (ISAPS).
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Já a lipoaspiração convencional, que utiliza o mesmo procedimento, retira um volume maior de gordura, necessitando de ser realizada em um ambiente hospitalar, com anestesia geral. Segundo a cirurgiã, a hidrolipo é procurada por ser mais barata em relação à lipoaspiração comum, e requerer uma dosagem baixa de anestesia.
Quando a substância é aplicada em excesso, ela "atinge um nível tóxico no qual o efeito colateral é a parada cardíaca".
"Todo procedimento invasivo tem risco. É necessário fazer uma análise do paciente, seja feito em consultório ou em hospital. É preciso ter uma avaliação pré-operatória e na hidrolipo não é diferente. É um procedimento cirúrgico", afirma a cirurgiã Beatriz Lassance.
De acordo com Beatriz, a hidrolipo é indicada para pacientes com um corpo magro, para a remoção de pequenos acúmulos de gordura. "Como é um procedimento pequeno, não existe uma pós-operatório demorado, podendo seguir as atividades habituais, sem muita dor", conclui a cirurgiã.
O cirurgião plástico Luís Maatz, da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP), recomenda no pós-operatório o uso de cintas compressivas, drenagem linfática e analgésicos, se for necessário.
"O pós operatório costuma de uma hidrolipo deve incluir compressão local com cintas compressivas, drenagem linfática e uso de analgésicos. A recuperação costuma ser rápida e o retorno ao trabalho e atividades habituais na maioria dos casos pode ocorrer já no dia seguinte ao procedimento", dz Luís Maatz.
