Casos de síndrome respiratória aguda grave sobem no país
Segundo Fiocruz, incidência de SRAG por Covid-19 afeta mais crianças de até dois anos e idosos a partir de 65 anos de idade
Os casos de Síndrome Respiratória Aguda grave (SRAG) aumentaram em crianças, jovens e adultos em todo o Brasil. Dados do boletim InfoGripe, da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), divulgado na quinta-feira (28), mostram que a alta de casos é causada pelo crescimento da circulação de diferentes vírus respiratórios como vírus sincical respiratório (VSR) e rinovírus. Ao todo, 23 capitais do país apresentam crescimento de SRAG. Crianças e idosos são os mais afetados pela doença.
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O boletim indica também uma tendência de queda de casos de SRAG na população a partir dos 50 anos de idade, devido à diminuição dos casos de Covid-19 nas regiões Centro-Oeste, Sudeste e Sul. O levantamento é referente ao período de 17 a 23 deste mês.
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Marcelo Gomes, coordenador do InfoGripe, afirma que houve queda no número de internações associadas à Covid-19 no Centro-Sul, mas ressalta que houve aumento de vírus sincical respiratória (VSR) em praticamente todas as regiões do país.
Mortalidade
A incidência de SRAG por Covid-19 continua afetando mais em crianças de até dois anos e idosos a partir de 65 anos de idade.
Além do Covid-19, o rinovírus é responsável pelo aumento de casos em crianças menores. Já o vírus influenza vem aumentando a incidência de SRAG em crianças, pré-adolescentes e idosos.
A mortalidade por SRAG tem se mantido significativamente mais elevada nos idosos, com amplo predomínio de Covid-19.
Internações em São Paulo e Rio
Há estabilidade no cenário de internações por Síndrome Respiratória Aguda Grave em São Paulo e no Rio de Janeiro. Embora os casos de Covid-19 tenham caído, foram compensados pelo aumento nas internações pelos demais vírus respiratórios.
“Se olhamos apenas para as crianças, onde principalmente o VSR e o rinovírus estão mais presentes nas internações, vemos claramente o sinal de aumento expressivo de SRAG”, explica Gomes.
O coordenador também alertou sobre a importância de ações preventivas, como uso de máscara em caso de sintomas, e de tomar a vacina contra a influenza.
Capitais com crescimento de Síndrome Respiratória Aguda grave
São 23 capitais brasileiras:
- Aracaju (SE),
- Belém (PA),
- Plano piloto e arredores de Brasília (DF),
- Campo Grande (MS),
- Curitiba (PR),
- Florianópolis (SC),
- Fortaleza (CE),
- Goiânia (GO),
- João Pessoa (PB),
- Macapá (AP),
- Maceió (AL),
- Manaus (AM),
- Natal (RN),
- Palmas (TO),
- Porto Alegre (RS),
- Porto Velho (RO),
- Recife (PE),
- Rio Branco (AC),
- Rio de Janeiro (RJ),
- Salvador (BA),
- São Luís (MA),
- Teresina (PI)
- Vitória (ES).