Febre amarela: 4 macacos morrem em Ribeirão Preto infectados pela doença
Casos aconteceram na última terça-feira (31) no campus da USP na cidade interiorana. Secretaria da Saúde aguarda contraprova para traçar plano de vacinação
SBT News
Foram encontrados mortos quatro macacos bugio no campus da Universidade de São Paulo de Ribeirão Preto, no interior de São Paulo. Caso aconteceu na última terça-feira (31) e os primatas estavam em uma área de mata da instituição de ensino superior.
O Laboratório de Virologia da universidade identificou que os animais estavam com febre amarela e morreram em função da doença. Para uma avaliação mais detalhada sobre o resultado, conhecida como contraprova, amostras com o sangue dos macacos foram encaminhadas ao Instituto Adolfo Lutz, em São Paulo (SP). O resultado deve ficar pronto nos próximos dias.
A Prefeitura de Ribeirão Preto aguarda esses resultados para traçar um plano de vacinação na cidade e no campus onde os animais foram encontrados.
O que é febre amarela?
É uma doença infecciosa grave que pode causar falência hepática, icterícia e hemorragias, levando a um alto risco de morte, especialmente nas formas mais severas. Os sintomas iniciais incluem febre, dor de cabeça e cansaço. A febre amarela é considerada uma doença de alta letalidade, especialmente se não for tratada adequadamente.
Como ela é transmitida?
Transmitida por mosquitos infectados em áreas urbanas e silvestres. No ciclo de contaminação urbana, o contágio é feito pelo como o Aedes aegypti, também responsável por transmitir a dengue, zika e chikungunya. Já no ciclo silvestre, o mosquito Haemagogus é quem pica os animais. A transmissão ocorre quando esses mosquitos picam outras pessoas, espalhando o vírus.
Onde os macacos entram na história?
Os macacos, que não transmitem a doença para humanos, são fortemente contaminados pela febre amarela e servem de termômetro para a gravidade do vírus: quando um grande número de macacos morre de febre amarela, é sinal de que o vírus está circulando em uma determinada área, alertando as autoridades de saúde sobre o risco de surtos. Ou seja, os macacos atuam como sentinelas naturais, indicando onde a doença pode estar presente.
Como prevenir?
A principal estratégia de prevenção é por meio da vacinação. O imunizante é altamente eficaz e, dependendo da dose tomada, serve para toda vida. Além da vacina, é importante usar repelente e evitar áreas com a presença de mosquitos.