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Saúde

Fazer 'estrelinhas' na praia deixa mulher praticamente cega nos EUA; entenda

Deborah Cobb, hoje com 42 anos, sofreu danos irreversíveis na visão após fazer 13 vezes seguidas o movimento

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Deborah Cobb, hoje com 42 anos, sofreu danos irreversíveis na visão após incidente | Reprodução/Facebook
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A rotina de um dia comum na praia transformou para sempre a vida de Deborah Cobb, hoje com 42 anos. Em maio de 2002, aos 19, a americana sofreu danos severos na visão após fazer 13 'estrelinhas' — também conhecidas como rodas de ginástica — na areia de Westport, no estado de Washington, nos Estados Unidos.

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Sua condição faz com que ela tenha a visão de uma pessoa de 80 anos (saiba mais abaixo).

Apaixonada por ginástica desde a infância, Deborah tinha o hábito de fazer o movimento sempre que encontrava um espaço aberto. Naquele dia ensolarado, repetiu a prática sem imaginar as consequências.

“Fiz 13 vezes seguidas e depois caí na gargalhada. Mas, ao olhar para minha amiga, não conseguia ver seu rosto — só uma mancha laranja. Minha visão periférica parecia normal, mas eu não via os detalhes”, contou ela em entrevista ao jornal britânico The Guardian.
'Estrelinhas' são exercícios típicos da ginástica artística | Freepik
'Estrelinhas' são exercícios típicos da ginástica artística | Freepik

Não parecia nada sério

Mesmo percebendo algo estranho, Deborah minimizou o episódio e continuou curtindo o dia com os amigos. Chegou a brincar dizendo que talvez precisasse fazer o movimento na direção contrária para “reorganizar o cérebro”. No entanto, a visão embaçada persistia — e, à noite, piorou.

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“Não conseguia nem ler os sinais simples na rua. Tudo ficava encoberto por aquela mesma mancha”, relatou.

Ao chegar em casa, contou à mãe sobre o problema, mas optou por descansar. No dia seguinte, diante da piora, seu padrasto a levou às pressas ao hospital.

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Visão de uma pessoa de 80 anos

No pronto-socorro, os médicos identificaram um dano solar nas retinas resultado da exposição intensa à luz solar refletida na areia enquanto fazia os exercícios. O quadro, segundo disseram, poderia levar semanas para cicatrizar.

Mais tarde, com uma oftalmologista, Deborah descobriu a gravidade do caso: vasos sanguíneos haviam se rompido na mácula, a região central da retina responsável pela visão detalhada.

“Era como uma gota de tinta que bloqueava totalmente minha visão central. Fui considerada legalmente cega”, afirmou.

Durante os três meses seguintes, ela não pôde dirigir, estudar nem ver televisão. A jovem precisou de ajuda até para tarefas simples e enfrentou um período de isolamento. “Mesmo com os amigos ao meu lado, não conseguia aproveitar nada. A natureza parecia distante.”

Com o tempo, o sangue na mácula foi reabsorvido e a visão central, parcialmente recuperada.

No entanto, a lesão deixou marcas permanentes. Deborah desenvolveu uma degeneração macular precoce — condição geralmente associada ao envelhecimento, por isso tem uma visão de alguém com 80 anos.

E por que isso pode ter acontecido?

Segundo Deborah, sua avó contou que um problema semelhante havia afetado um parente distante, sugerindo que poderia ser genético.

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