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Saúde

Enchentes do Rio Negro expõem moradores de Manaus a doenças e animais peçonhentos

Água contaminada invade casas e preocupa famílias; 40 municípios do Amazonas estão em situação de emergência

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Enchentes do Rio Negro colocam saúde de moradores em risco | Reprodução
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As enchentes do Rio Negro em Manaus estão afetando diretamente a saúde da população. A água suja, que invade ruas e casas, expõe os moradores a doenças como leptospirose, além de atrair animais peçonhentos e agravar a vulnerabilidade de famílias em várias regiões da cidade.

Nos bairros mais atingidos, o cenário é de destruição: lixo acumulado nos igarapés, nas margens e até mesmo nos lagos. Em vez de carros, canoas estão estacionadas diante das casas. A dona de casa Vanderléia precisou abandonar o primeiro andar da residência após a água tomar conta do imóvel.

“Não alagava aqui antes. Começou a alagar de 2012 pra cá. Tava com dois anos que não alagava, aí alagou de novo”, contou.

Em algumas áreas, a prefeitura construiu passarelas de madeira. Mas há locais onde os próprios moradores precisam improvisar caminhos para se locomover.

“Meu pai comprou madeira pra subir uma maromba. Todos os anos é assim”, relatou o autônomo Francisco Valdomiro.

Além das dificuldades de mobilidade, a presença de animais peçonhentos e roedores tem aumentado. Cães e gatos também sofrem com infecções, e o medo das doenças transmitidas pela água contaminada preocupa os moradores.

A leptospirose, por exemplo, é causada pelo contato com urina de rato e provoca sintomas como febre alta, dor de cabeça, vômito e, em casos mais graves, icterícia — o amarelamento da pele e dos olhos.

A dona de casa Rosilene Cavalcante está com os olhos inflamados e diz que os netos também apresentaram sintomas. “Isso é tudo por conta da enchente. O pequenininho ficou com o olho igual ao meu. O irmão dele tá gripado. Melhorou há poucos dias de vômito e diarreia.”

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Marca histórica

Apesar da gravidade da cheia, o nível do Rio Negro começou a baixar — diminuiu dois centímetros nas últimas 24 horas. A enchente deste ano ficou um metro abaixo da marca histórica registrada em 2021. Mesmo assim, os impactos são amplos.

De acordo com a Defesa Civil do Estado, mais de meio milhão de pessoas ainda sofrem os efeitos das enchentes no Amazonas. Quarenta dos 62 municípios decretaram situação de emergência.

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