Ataque noturno russo deixa dois mortos e 13 feridos em Kiev
Bombardeio acontece menos de 24 horas após Moscou lançar 728 drones contra o país

Camila Stucaluc
A Ucrânia foi atingida por um novo ataque russo com drones na madrugada desta quinta-feira (10). Segundo autoridades locais, os bombardeios atingiram seis distritos de Kiev, destruindo um prédio residencial, armazéns, escritórios e carros estacionados. Ao menos duas pessoas morreram e 13 ficaram feridas.
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“No distrito de Shevchenkivskyi, partes de um drone caíram perto de um posto de gasolina e em outro endereço no telhado de um prédio residencial. Em Podilskyi, as janelas de um prédio residencial foram quebradas como resultado do ataque”, disse o chefe da administração militar de Kiev, Tymur Tkachenko.
Os moradores da capital ucraniana foram aconselhados a ficar em abrigos até segunda ordem e a fechar as janelas devido à grande quantidade de fumaça provocada pelos incêndios em razão dos bombardeios. “O ataque inimigo continua As forças de defesa estão trabalhando em alvos inimigos”, alertou Tkachenko.
A nova onda de bombardeios russos acontece menos de 24 horas após Moscou lançar 728 drones e 13 mísseis contra o território ucraniano, concretizando o maior ataque desde o início da guerra, em fevereiro de 2022. Além de Kiev, outras 10 cidades foram atingidas pelos bombardeios.
O aumento da ofensiva russa vai contra os esforços do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, por um cessar-fogo. Em resposta ao impasse de Vladimir Putin por um acordo, o líder norte-americano retomou o envio de armas à Ucrânia. Disse, ainda, que irá estudar a imposição de novas sanções contra Moscou — medida apoiada por Zelensky.
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“Esta é mais uma prova da necessidade de sanções – sanções severas contra o petróleo, que vem alimentando a máquina de guerra de Moscou com dinheiro há mais de três anos. Sanções secundárias contra aqueles que compram esse petróleo e, assim, patrocinam assassinatos. Sabemos como pressionar a Rússia para acabar com a guerra. Todos que querem paz devem agir”, defendeu o ucraniano.