Crise de virose: atendimentos médicos crescem 40% em Guarujá (SP)
Uma mulher de 29 anos, que passou o Réveillon na cidade do litoral paulista, morreu após dar entrada em hospital com vômito e diarreia
Marco Pagetti
O Réveillon já se foi há quase uma semana, mas a lotação de praias do litoral paulista deixou rastro: um surto de virose. Em Guarujá, a procura por atendimento subiu 40% em um mês. A prefeitura aguarda resultados de exames laboratoriais para esclarecer a origem dos casos.
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Os especialistas explicam que os sintomas das viroses costumam durar até uma semana. O grande problema é que a desidratação, provocada por diarreia e vômitos, pode agravar o estado de saúde de pessoas mais vulneráveis.
Em Cristais Paulista, no interior de São Paulo, uma mulher de 29 anos morreu, no último sábado, depois de dar entrada no hospital com vômito e diarreia. Os sintomas teriam começado dias antes, ainda em Guarujá, onde ela passou o Réveillon.
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Questionada, a Sabesp, responsável pelo abastecimento de água no estado de São Paulo, diz que o surto de virose não tem relação com a operação da empresa, e que não foram identificados problemas no sistema de água e esgoto.
A companhia reforçou que, em Guarujá, cidade onde há o maior número de atendimentos por virose, há cerca de 45 mil imóveis irregulares, sem controle de esgoto.