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Saúde

Casos de síndrome respiratória grave sobem 91% no Brasil, alerta Fiocruz

Relatório aponta tendência de crescimento em 21 estados; vírus influenza A e VSR lideram causas de internações, com maior impacto em crianças e idosos

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Foto: Reprodução
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Em novo boletim divulgado nesta quinta-feira (12) pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) mostra que o Brasil vive um cenário preocupante de agravamento das doenças respiratórias.

De acordo com os dados do InfoGripe, 21 dos 27 estados brasileiros estão em situação de alerta, risco ou alto risco para a Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG), com tendência de crescimento no número de casos nas próximas semanas. A situação é especialmente crítica em capitais como Aracaju, Belo Horizonte, Curitiba, Porto Alegre e Rio de Janeiro, que registram aumento entre crianças pequenas, jovens, adultos e idosos.

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O levantamento indica que, entre meados de maio e o início de junho, o número de hospitalizações por SRAG quase dobrou em relação ao mesmo período do ano passado, com aumento de 91%. A maior parte dos casos está concentrada nos estados das regiões Centro-Sul.

Os vírus mais detectados nos exames laboratoriais são o influenza A e o vírus sincicial respiratório (VSR), responsáveis por grande parte das internações em todas as faixas etárias. Crianças de até quatro anos são as mais afetadas pelo VSR, enquanto a influenza A tem causado quadros graves especialmente entre os idosos.

Em alguns estados, como Espírito Santo, Acre, Tocantins, Distrito Federal e Mato Grosso do Sul, os dados mais recentes já apontam sinais de estabilização ou início de queda nos casos, embora a taxa de internação continue elevada.

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A Fiocruz reforça a importância da vacinação contra a gripe como a principal forma de prevenção contra casos graves e óbitos. A pesquisadora Tatiana Portella também recomenda o uso de máscaras em ambientes fechados e com aglomeração, especialmente em unidades de saúde, e cuidados como cobrir a boca ao tossir e lavar as mãos com frequência.

Desde o início de 2025, mais de 93 mil casos de SRAG foram notificados no país. Entre os exames com resultado positivo, 45,1% identificaram infecção por VSR, 24,5% por influenza A e 9,9% por Covid-19. Esses três vírus também estão entre os principais causadores de óbitos respiratórios registrados no período.

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