Brasil registra aumento no atendimento a doenças autoimunes
Procura de serviços ambulatoriais por pessoas cresceu quase 30% nos casos de lúpus, e de 12% nos de fibromialgia
O mês de fevereiro é caracterizado por múltiplas campanhas de conscientização em todo o território nacional sobre doenças autoimunes, como fibromialgia e lúpus. Em 2023, a procura de serviços ambulatoriais por pessoas com lúpus cresceu 28,58%. Nos casos de fibromialgia, o aumento foi de 12,46%.
Essas condições não têm cura, mas podem ter danos reduzidos. Portadora de lúpus, a gerente de tecnologia Sarah Araújo diz ter hoje uma vida mais saudável do que antes de descobrir a doença. "Eu comia qualquer coisa, não fazia atividade física, dormia poucas horas. Depois é que a pessoa passa a priorizar a saúde." Ela diagnosticou a doença há quatro anos. "Eu me sentia bem cansada, com dor nas articulações, na verdade eu achava que eu trabalhava muito e era cansaço."
Os principais sintomas das doenças autoimunes são queda de cabelo, fraqueza, perda de apetite, emagrecimento, manchas na pede e dores musculares. O presidente da Sociedade Brasileira de Reumatologia explica que o lúpus faz o próprio organismo atacar as células de defesa. "Ele provoca uma série de inflamações, danificam as nossas células e órgãos, levando a doenças que são graves para todos nós."
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Quem tem doença autoimune já nasce com uma predisposição genética, podendo ela se manifestar ou não ao longo da vida. Elas são incuráveis, mas os avanços da medicina mostram que podem ser bem controladas, e não só com medicações, mas também com terapias auxiliares. O fisiatra Marcus Yu Bin Pai, membro do Colégio Médico de Acupuntra de São Paulo, defende a fisioterapia e a acupuntura como recursos de alívio. "Diminui a dor, anti-inflamatória, para diminuir a inflamação crônica e também relaxante muscular que são importantes para quem sofre essa doença."