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Saúde

Autoridades investigam caso de mpox em imigrante no aeroporto de Guarulhos

Não há informações sobre a nacionalidade e a identificação do paciente, que estava área restrita para solicitação de refúgio

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aeroporto de guarulhos
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Correção: Este texto foi atualizado às 19h05 para correção de informação. Ao contrário do informado anteriormente, o caso de mpox não foi confirmado, mas sim está em investigação pelas autoridades. Segue o texto corrigido.

Autoridades de saúde identificaram neste domingo (25) um caso suspeito de mpox em um imigrante no aeroporto de Guarulhos, na Grande São Paulo. Segundo a Secretaria Municipal de Saúde de Guarulhos, o paciente teve o primeiro atendimento em uma unidade de pronto atendimento e posteriormente foi encaminhado ao Hospital Emílio Ribas, na capital paulista. O Ministério da Saúde informou em nota que o paciente está "em bom estado" e em isolamento em um quarto de hotel em Guarulhos.

+Mpox: Saiba quais são os sintomas e o tratamento da doença Não há informações sobre a nacionalidade ou identificação do paciente. De acordo com a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), o passageiro havia chegado ao aeroporto em 14 de agosto e permanecia em uma área restrita para solicitação de refúgio.

"Nenhum novo caso (suspeito) foi encontrado. Além disso, foram implementadas medidas ambientais de limpeza e desinfecção no local", disse o órgão de saúde.

O Instituto de Infectologia Emílio Ribas, referência estadual para atendimento graves de mpox, informou em nota que o paciente está bem, segue em observação e o caso está em investigação, com principal hipótese para varicela.

O exame para confirmação da doença está sendo processado no Instituto Adolfo Lutz e deve ser liberado nos próximos dias.

De acordo com o Emílio Ribas, o paciente não veio de uma área endêmica de mpox.

Em nota, a secretaria de Saúde de Guarulhos disse que trabalha alinhada com a Anvisa na investigação epidemiológica dos imigrantes que ainda não foram permitidos a entrar no Brasil e que estão no aeroporto de Guarulhos.

O governo de São Paulo informou que de janeiro a julho deste ano foram confirmados 315 casos de mpox, conhecida como varíola dos macacos, no estado. Um aumento de mais de 300% em relação ao mesmo período de 2023, que contabilizou 88 casos.

+Entenda o que é a mpox, doença que levou OMS a declarar emergência global

Como se pega mpox

Segundo o Emílio Ribas, a transmissão de Mpox entre seres humanos acontece por meio de contato íntimo com lesões na pele ou mucosas de pessoas infectadas.

Os principais sintomas da doença são: febre, fraqueza, linfonodos inchados, dores musculares, dores nas costas, dor de cabeça, dor de garganta, congestão nasal ou tosse.

Saiba como se proteger da mpox

- Evitar contato íntimo ou sexual com pessoas que tenham lesões na pele;

- Evitar beijar, abraçar ou fazer sexo com alguém que tenha a doença;

- Higienizar as mãos com água e sabão e usar álcool em gel;

- Não compartilhar roupas de cama, toalhas, talheres, copos, objetos pessoais ou brinquedos sexuais;

- Usar máscaras, protegendo contra gotículas de saliva, entre casos confirmados ou suspeitos.

Refugiados em Guarulhos

A área em que o imigrante com suspeita de mpox estava no Aeroporto de Guarulhos tem chamando atenção das autoridades estaduais e nacionais. O governo está restringindo a entrada de imigrantes por entender que o país está sendo usado como rota de fuga de refugiados.

Uma investigação da Polícia Federal (PF) revelou que imigrantes adquirem passagens aéreas com escalas no Aeroporto Internacional de São Paulo com o objetivo de seguir para outros destinos, mas permanecem no Brasil para facilitar a entrada nos outros países.

Eles permanecem em território brasileiro e entram com um pedido de refúgio. A prática é conhecida informalmente como uma "lavagem de passaporte". O Brasil não tem visto de trânsito.

Cerca de 507 estrangeiros estão retidos na área de imigração enquanto aguardam para formalizar o pedido de refúgio no Brasil. A situação foi classificada pelo Ministério Público Federal (MPF) como uma “nova crise humanitária".

O Ministério Público Federal convocou uma reunião com representantes da PF, Ministério da Justiça, GRU Airport, Prefeitura de Guarulhos, Estado de São Paulo, além da senadora Mara Gabrilli (PSD) e o gabinete do deputado Federal Túlio Gadelha (Rede), para pensar em conjunto soluções para o entrave.

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