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Saúde

Apreensões de cigarros eletrônicos crescem sete vezes em São Paulo em 2024

Mesmo proibidos, "vapes" continuam sendo vendidos com facilidade no Brasil

Imagem da noticia Apreensões de cigarros eletrônicos crescem sete vezes em São Paulo em 2024
Apreensão de vapes aumenta no país | Reprodução
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A apreensão de cigarros eletrônicos cresceu significativamente no Brasil em 2024. Em São Paulo, o número de dispositivos confiscados aumentou sete vezes em relação ao ano anterior. O crescimento foi registrado também em outros estados, evidenciando a popularização do produto mesmo com a proibição da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), em vigor desde 2009.

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Venda clandestina e fiscalização

Mesmo ilegais, os "vapes" são facilmente encontrados para compra. Uma pesquisa rápida na internet revela diversos anúncios de venda do produto, que também é comercializado clandestinamente em aplicativos de delivery, muitas vezes camuflado como outros itens.

Diante da popularização e do contrabando, a Receita Federal intensificou a fiscalização nas fronteiras e portos do país. Um levantamento aponta os estados onde houve maior crescimento nas apreensões de cigarros eletrônicos em 2024:

- Paraná: mais de 1,1 milhão de unidades apreendidas – o dobro do ano anterior;

- São Paulo: cerca de 937 mil unidades confiscadas, com valor estimado em R$ 105 milhões;

Outros estados, como Acre, Rio Grande do Sul, Pará e Paraíba, também registraram aumentos expressivos nas apreensões.

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Ligação com o crime organizado

Os cigarros eletrônicos chegam ao Brasil por meio de fronteiras e portos, como o de Santos (SP), utilizando rotas já exploradas pelo tráfico de drogas. Segundo Edson Vismona, presidente do Fórum Nacional contra a Pirataria e Ilegalidade, organizações criminosas enxergam o mercado clandestino dos vapes como uma nova fonte de lucro.

"Esses produtos ilegais financiam o crime organizado, que já atua fortemente no contrabando de outras mercadorias", explica Vismona.

Penalidades para comerciantes

Comerciantes flagrados vendendo cigarros eletrônicos podem sofrer sanções. O diretor de fiscalização do Procon-SP, Marcelo Pagotti, alerta que os estabelecimentos podem receber multas, ter seus produtos apreendidos e, em alguns casos, até perder o CNPJ.

"Estamos intensificando as ações de fiscalização para coibir esse mercado ilegal e proteger o consumidor."

Além do impacto econômico, especialistas alertam para os riscos à saúde. Em países onde a venda dos vapes é regulamentada, há maior controle sobre os produtos, enquanto no Brasil 100% dos dispositivos são ilegais, sem qualquer supervisão sanitária.

As apreensões no país em janeiro de 2024 somaram R$ 4,5 milhões, evidenciando o crescimento do consumo e a necessidade de um debate sobre a regulamentação do produto.

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