Nove cavalos morrem após consumo de ração contaminada em haras de Guarulhos
Ministério da Agricultura e Pecuária investiga os casos; até o momento 222 mortes foram registradas no país
SBT Brasil
Nove cavalos morreram após consumirem ração contaminada em um haras de Guarulhos, na região metropolitana de São Paulo. Os animais que morreram em menos de dois meses. Treze cavalos seguem em tratamento.
O Ministério da Agricultura e Pecuária recebeu a denúncia no dia 26 de maio. Até o momento, 222 mortes foram registradas em vários estados: São Paulo (83), Rio de Janeiro (69), Alagoas (65), Goiás (4) e Minas Gerais (1).
+ Zoológico de Brasília reabre na segunda (7) após casos de gripe aviária
Os equinos foram alimentados com a mesma ração durante oito meses. Em maio, começaram a apresentar sinais de adoecimento. A primeira morte aconteceu durante esse período. Segundo o haras, os sintomas iniciais incluem falta de apetite, até evoluírem para a paralisação total da alimentação por parte dos bichos.
“O cavalo para de comer e começa a desenvolver outros sintomas. Começa a rodar dentro da baia, a querer prensar a cabeça contra a parede, porque atinge o sistema neurológico do animal”, explicou o criador Marcos Barbosa.
A fiscalização federal agropecuária tenta identificar a causa das mortes. Segundo investigações, todos os casos registrados têm relação com o consumo de rações fabricadas pela empresa Nutrata Nutrição Animal, produzidas a partir de 21 de novembro de 2024.
O Ministério da Agricultura suspendeu a fabricação e a comercialização de todos os produtos da empresa. Segundo a pasta, durante as inspeções, foram encontradas irregularidades que levaram à suspensão.
Outros 195 óbitos seguem em investigação. Entre os casos em apuração, estão: 40 no sudoeste da Bahia, 70 em Goiânia, 34 em Jarinu (SP), 10 em Santo Antônio do Pinhal (SP), 18 em Uberlândia (MG), 8 em Guaranésia (MG), 8 em Jequeri (MG) e 7 em Mariana (MG).