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Alga marinha comestível pode ser uma aposta na prevenção de Parkinson, diz estudo; entenda

Estudo japonês feito com camundongos mostrou bons resultados do alimento no sentido de evitar a neurodegeneração dos animais

Alga marinha comestível pode ser uma aposta na prevenção de Parkinson, diz estudo; entenda
Ecklonia Cava pode ser aposta promissora no tratamento de Parkinson | Wikipedia
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Uma alga marrom marinha comestível, encontrada na região costeira de países como o Japão, China e Coreia, rica em antioxidantes e em propriedades antiflamatórias, pode ser uma aposta promissora na prevenção de Doença de Parkinson. É o que mostra uma estudo realizado pela Universidade Metropolitana de Osaka, no Japão, que verificou o efeito dos polifenóis de um extrato da alga Ecklonia cava.

+ Posso ter Parkinson antes dos 60 anos? Veja sinais e os avanços no tratamento

Os testes foram conduzidos com camundongos, que receberam uma substância química utilizada em inseticidas e pesticidas (que prejudica a função motora) a rotona e, na sequência, as algas. Dessa forma, descobriu-se que a Ecklonia cava conseguiu restaurar a função motora perdida com a rotona e mostrou potencial de protegê-los contra neurodegeneração.

Além disso, os animais obtiveram melhoria na função motora intestinal e em uma parte específica estrutura da mucosa do cólon.

Foram verificados também efeitos preventivos através de experimentos usando células modelo de doença de Parkinson, onde se observou interação bioquímica com as algas.

"Espera-se que a Ecklonia cava seja um ingrediente eficaz na prevenção da doença de Parkinson.", disse um dos autores do estudo, o professor Kojima-Yuasa.

Aviso: O produto utilizado no estudo foi um extrato de Ecklonia cava que pode ser encontrado em alguns sites mediante importação. No entanto, como ainda não foram feitos estudos com humanos, não é possível medir os resultados efetivamente e nem a dosagem necessária para que a doença seja, de fato, prevenida.

Quais são as novidades no tratamento de Parkinson?

O uso de canabidiol é uma das mais novidades mais recentes do tratamento de alguns sintomas da doença: ajuda a diminuir o tremor, além dos sintomas não-motores que podem vir acompanhados da doença como pesadelos e insônia. Segundo o neurologista Flavio Augusto Sekeff, a Levadopa ainda é um dos melhores medicamentos utilizados para tratar o Parkinson e surgiu a partir da década de 60, quando se descobriu que a dopamina seria o neurotransmissor mais afetado.

"Apesar de não ter cura, é uma doença que pode ser bem controlada", disse

Ele ressalta também que a fisioterapia pode ser uma importante aliada para promover a qualidade de vida do paciente. Em alguns casos, é indicado cirurgia.

Diagnósticos de Parkinson entre os mais jovens vêm aumentando

Apesar de a doença ter o início habitual em pacientes com 60 anos ou mais, o Parkinson vem atingido cada vez mais pessoas com 30 ou 40 anos, alerta Sekeff. Segundo ele, uma das principais razões para isso acontecer é o que se chama de Exposoma, ou seja, a exposição a fatores ambientais ao longo da vida: fatores químicos, físicos, biológicos e sociais.

De acordo com o neurologista, apesar de ter um fator hereditário envolvido, há algumas evidências científicas de que o Parkinson começa pelo nariz e o intestino.

"É o que você come, o que você cheira. Ou seja, provavelmente, a alimentação - com fast food e alimentos ultraprocessado - e o ambiente - poluição, exposição a herbicidas, agrotóxicos - podem ser fatores de risco para a doença", explica

Outro fator importante é a falta de atividade física.

Como diferenciar o Parkinson de outras doenças degenerativas?

A diferença na hora de fazer o diagnóstico de Parkinson e outras doenças relacionadas é a ressonância magnética, além de exame clínico e história do paciente.

“O tremor começa de forma assimétrica, primeiro de um lado para depois passar para o outro, isso ajuda a diferenciar o diagnóstico para outras doenças degenerativas", explica o neurologista André Ferreira.

Muitos se perguntam se o Alzheimer, a doença degenerativa mais comum do mundo, é igual ou possui semelhanças com o Parkinson, mas Sekeff ressalta que elas são completamente diferentes: principalmente porque a primeira é uma forma demência, traz alterações cognitivas, como perda de memória, por exemplo. No entanto, segundo ele, não é incomum que o paciente possa ter um quadro de demência 10 ou 15 depois que ele é diagnosticado com Parkinson, ressalta.

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