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Saúde

Posso ter Parkinson antes dos 60 anos? Veja sinais e os avanços no tratamento

Segunda doença degenerativa mais comum do mundo possui fatores hereditários, mas pode começar pelo nariz e intestino, alerta especialista

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Hoje é o Dia Mundial do Parkinson, a segunda doença degenerativa mais comum no mundo. Descrita pela primeira vez em 1817 por James Parkinson, em seu "Ensaio sobre a Paralisia Agitante", tem como um dos principais sintomas a tremedeira das mãos, mas ele não é o único.

É possível também ter rigidez ou lentidão de um dos braços, além de dificuldade de balançar a mão ao caminhar, por exemplo, explica o neurologista Flávio Sekeff Sallem.

+ Viva Mais, Viva Bem: Sinais do Parkinson podem aparecer bem antes dos tremores

Normalmente, por pelo menos um ano após o diagnóstico, a doença permanece em apenas um lado do corpo e depois atinge a outra parte. De forma menos frequente, os sintomas têm início nos membros inferiores: perna direita ou esquerda e outras regiões corporais.

Segundo o neurologista André Ferreira, o paciente pode apresentar sinais até dez anos antes dos sintomas mais característicos da doença, que merecem atenção.

+ O que é demência? Jovens podem ter? Saiba sintomas

São eles:

  • Intestino preso;
  • Depressão;
  • Perda de Olfato;
  • Sono agitado.

Diagnósticos de Parkinson entre os mais jovens vêm aumentando

Apesar de a doença ter o início habitual em pacientes com 60 anos ou mais, o Parkinson vem atingido cada vez mais pessoas com 30 ou 40 anos, alerta Sekeff. Segundo ele, uma das principais razões para isso acontecer é o que se chama de Exposoma, ou seja, a exposição a fatores ambientais ao longo da vida: fatores químicos, físicos, biológicos e sociais.

De acordo com o neurologista, apesar de ter um fator hereditário envolvido, há algumas evidências científicas de que o Parkinson começa pelo nariz e o intestino.

"É o que você come, o que você cheira. Ou seja, provavelmente, a alimentação - com fast food e alimentos ultraprocessado - e o ambiente - poluição, exposição a herbicidas, agrotóxicos - podem ser fatores de risco para a doença", explica

Outro fator importante é a falta de atividade física.

Como diferenciar o Parkinson de outras doenças degenerativas?

A diferença na hora de fazer o diagnóstico de Parkinson e outras doenças relacionadas é a ressonância magnética, além de exame clínico e história do paciente.

“O tremor começa de forma assimétrica, primeiro de um lado para depois passar para o outro, isso ajuda a diferenciar o diagnóstico para outras doenças degenerativas", explica Ferreira

Muitos se perguntam se o Alzheimer, a doença degenerativa mais comum do mundo, é igual ou possui semelhanças com o Parkinson, mas Sekeff ressalta que elas são completamente diferentes: principalmente porque a primeira é uma forma demência, traz alterações cognitivas, como perda de memória, por exemplo. No entanto, segundo ele, não é incomum que o paciente possa ter um quadro de demência 10 ou 15 depois que ele é diagnosticado com Parkinson, ressalta.

Avanços no tratamento

O uso de canabidiol é uma das mais novidades mais recentes do tratamento de alguns sintomas da doença: ajuda a diminuir o tremor, além dos sintomas não-motores que podem vir acompanhados da doença como pesadelos e insônia. Segundo Sekeff, a Levadopa ainda é um dos melhores medicamentos utilizados para tratar o Parkinson e surgiu a partir da década de 60, quando se descobriu que a dopamina seria o neurotransmissor mais afetado.

"Apesar de não ter cura, é uma doença que pode ser bem controlada", disse

Ele ressalta também que a fisioterapia pode ser uma importante aliada para promover a qualidade de vida do paciente. Em alguns casos, é indicado cirurgia.

Buscas por Parkinson aumentaram pela data

O interesse de busca por "Doença de Parkinson" no Google aumentou neste 11 de Abril, Dia Mundial do Parkinson. Os dados foram disponibilizados pelo Google Trends.

Interesse de Busca por Parkinson aumentou no Google - Google Trends
Interesse de Busca por Parkinson aumentou no Google - Google Trends
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