Câmara aprova projeto que vai ajudar no enfrentamento do câncer

Um projeto de lei, aprovado pela Câmara dos Deputados, vai criar uma nova política nacional de controle do câncer, dentro do Sistema Único de Saúde, o SUS. Por meio dele, os pacientes poderão ter acesso a um sistema de dados que vai permitir transparência em todas as estapas, desde a suspeita e diagnóstico até o tratamento e recuperação.

Fabize Muinhos, que preside a Associação Maria Bonita, criada por ela há cinco anos, para melhorar a qualidade de vida de mulheres em tratamento oncológico na região metropolitana de Belém, afirma que neste período, já viu muitas pacientes morrerem por falta de diagnóstico precoce e de acesso ao tratamento adequado.

"A paciente enfrenta a dificuldade do tempo para aquela consulta e entre a consulta, o diagnóstico e o início do tratamento, esse tempo muitas vezes se dilata e acaba agravando o quadro dessa paciente."  

A ideia do projeto de lei, que ainda precisa passar pelo Senado, é mudar esta realidade. Entre outras diretrizes, a proposta permite que todas as etapas de atendimento oncológico, desde a suspeita da doença até a recuperação, sejam acompanhadas por meio de um sistema de dados. Nele, o paciente poderá saber em qual posição se encontra em filas para consultas e tratamentos. 

Para Helena Esteves, coordenadora da Advocacy do Oncoguia, é importante ter uma política nacional para enfrentar o problema de forma prática.

"A gente tem na verdade uma política nacional de enfrentamento e combate ao câncer, mas ela é em nível de portaria. A intenção agora é que isso seja em nível de lei, que a gente tenha de fato uma lei nacional que fale sobre a política nacional oncológica e defina ali diretrizes pra serem colocadas em prática."

O projeto também vai permitir entender o câncer como uma doença prevenível, tratável, controlável e curável, de acordo com Fabize Muinhos, da Associação Maria Bonita.

"Enfim ter um olhar específico pro câncer que é ainda a doença que mais mata no Brasil. Essa é a importância desse projeto de lei ser aprovado (também no Senado) porque ele oferece garantias a quem possivelmente tem um diagnóstico e precisa de um tratamento."

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