Comitê Científico do Nordeste recomenda proibição do Réveillon e Carnaval
Boletim afirma que as festas podem intensificar a transmissão do coronavírus
O Comitê Científico do Consórcio do Nordeste, iniciativa que reúne governadores da região, divulgou nesta 6ª feira (3.dez) um boletim no qual recomenda a não realização das festas de Réveillon e Carnaval nos estados da região. Segundo o informativo, os eventos poderiam intensificar a transmissão do coronavírus, resultando assim em uma nova onda nacional e global da pandemia, provocada por novas variantes da doença.
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A orientação vem após o registro de seis casos da nova variante da covid, a Ômicron. O cancelamento das festividades é um dos principais pontos, por conta do alto índice de aglomerações. Outro ponto de destaque é a intensificação da vacinação para alcançar uma parcela maior de cidadãos vacinados com as duas doses. O Comitê ainda recomenda uma busca ativa das pessoas que não receberam a segunda dose.
De acordo com o site CoronavirusBot -- que compila informações das secretarias estaduais de Saúde, o país tem mais de 63% da população totalmente imunizada. A partir dos índices de vacinação completa da população do Brasil, o boletim aponta recomendações aos governadores e gestores municipais da região, com a sugestão de utilizar os agentes comunitários e ampliar os locais de vacinação nas cidades em pontos de grande circulação. É recomendado para os adolescentes a apliação de vacinas nas escolas, a fim de atingir maior cobertura vacinal com a primeira e segunda dose. Outra possibilidade destacada é o uso de viaturas como o carro da vacina, em analogia ao "carro do ovo", em que se utiliza serviço de som.
Segue a recomendação para o uso obrigatório de máscaras faciais e outras medidas de proteção individual e coletiva, como as práticas de higiene padrão, que devem continuar em alta. Além disso, a exigência do passaporte de vacinal para entrada em cinemas, teatros, estádios de futebol, e estabelecimentos do gênero são apontados como sugestões. Segundo o documento, os governantes devem estimular a solidariedade internacional e desenvolver mecanismos que ampliem a vacinação globalmente, em especial nos países africanos.
Por último, recomenda-se identificar todas as possíveis barreiras que dificultam a expansão da cobertura vacinal na população para vencê-las.