São Paulo registra primeiro caso de sarampo em 2025
Brasil foi considerado um país livre da circulação do vírus do sarampo, em novembro do ano passado
SBT News
Um morador de 31 anos da capital paulista foi diagnosticado com sarampo. Esse é o primeiro caso notificado pela Secretaria da Saúde de São Paulo em 2025. A vítima havia tomado a vacina, não apresenta sintomas e está se recuperando em casa.
Em novembro do ano passado, o Brasil foi certificado pela Organização Pan-Americana da Saúde (Opas/OMS) como um de país livre do sarampo, após 5 anos de hiato.
O país havia recebido a mesma certificação em 2016, no entanto, em 2018, devido às baixas coberturas vacinais e ao intenso fluxo migratório de países vizinhos, a doença voltou a se espalhar pelas cidades.
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Ainda não se sabe onde o homem contraiu o vírus, já que o último caso autóctone — quando você contrai o vírus na cidade onde reside — em São Paulo foi em 2022. Ele foi para a cidade de Jacarezinho, no Paraná, e apresentou os sintomas em 2 de abril, segundo a Secretaria Municipal de Saúde de São Paulo.
Esse é o único caso registrado da doença até o momento.
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O que é o sarampo?
O sarampo é uma doença viral altamente contagiosa que afeta principalmente crianças e pode causar complicações graves, como diarreia intensa, infecções de ouvido, cegueira, pneumonia e encefalite (inflamação do cérebro).
Algumas dessas complicações podem ser fatais. A transmissão da doença, causado pelo Morbillivirus, ocorre pelo ar, por meio de gotículas respiratórias, o que facilita sua propagação, especialmente em ambientes com baixa cobertura vacinal.
Como a doença pode ter voltado ao Brasil?
Apesar de o Brasil estar com certificação de país livre de sarampo, o vírus ainda circula em outras regiões do mundo. A Europa registrou em 2024 o maior número de infecções por sarampo desde 1997, de acordo com uma análise divulgada pela Organização Mundial da Saúde (OMS) e pelo Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) na última quinta-feira (13).
Em março desse ano, os EUA registraram um surto da doença, que pode estar relacionado ao crescimento do movimento antivacina.
*Com informações da Agência Brasil