Anvisa aprova Mounjaro para perda de peso e tratamento de obesidade
Resolução foi publicada nesta segunda no Diário Oficial da União; medicamento é vendido no Brasil pela farmacêutica norte-americana Eli Lilly
SBT News
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou, nesta segunda-feira (9), uso do medicamento Mounjaro para tratamento de obesidade e sobrepeso. A resolução foi publicada no Diário Oficial da União (DOU).
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Injetável, a caneta já havia sido aprovada em setembro de 2023 pela Anvisa para tratamento de diabetes tipo 2. Fabricado pela farmacêutica norte-americana Eli Lilly, o medicamento é vendido oficialmente no Brasil desde maio de 2025, nas dosagens de 2,5 mg e 5 mg.
A resolução publicada hoje permite indicação para obesidade, desde que ela esteja associada a pelo menos uma comorbidade. Segundo a Anvisa, o medicamento é indicado em conjunto à dieta de baixa caloria e aumento de atividade física para controle crônico do peso, incluindo perda de peso e manutenção do peso, em adultos com Índice de Massa Corpórea (IMC) maior ou igual a 30 kg/m2 (obesidade) ou maior ou igual a 27 kg/m2 (sobrepeso) na presença de pelo menos uma condição de comorbidade relacionada ao peso (como hipertensão, colesterol alto, apneia obstrutiva do sono, doença cardiovascular, pré-diabetes ou diabetes mellitus tipo 2).
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A tirzepatida, cujo nome comercial é Mounjaro, aparece no DOU com permissões relativas a tempo de tratamento e dosagens.
Por enquanto, o tratamento é indicado apenas para maiores de 18 anos de idade, pois não há dados de segurança e eficácia para menores de idade.
A Anvisa cita possíveis efeitos adversos gastrointestinais e relacionados à vesícula biliar, hipersensibilidade e reações no local da injeção com o uso do medicamento, além de queda de cabelo, tontura, colecistite, hipotensão, reação anafilática e angioedema – as informações sobre efeitos colaterais foram adicionadas à bula do produto.
"Os dados globais estimam que 1.461.200 pacientes já foram expostos a tirzepatida com um total de 399.500 anos de exposição. As notificações com maior frequência nesse período, mas ainda com baixa incidência, foram pancreatite, vômito, diarreia, náusea, desidratação, insuficiência renal aguda", diz a Anvisa.