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Política

Vitória de Trump: Haddad diz que dia amanheceu tenso, mas reconhece moderação em discurso do republicano

Ministro da Fazenda declarou acreditar que haverá distância entre o que foi falado na campanha e o que será feito na economia pelo presidente eleito dos EUA

Imagem da noticia Vitória de Trump: Haddad diz que dia amanheceu tenso, mas reconhece moderação em discurso do republicano
Ministro da Fazenda, Fernando Haddad | Divulgação/Washington Costa/MF
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O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, comentou a vitória de Donald Trump nas eleições presidenciais dos Estados Unidos. Segundo ele, o dia "amanheceu mais tenso" com o resultado. Apesar disso, reconheceu que houve moderação no discurso de vitória do norte-americano de 78 anos, que, a partir de 2025, assume a Casa Branca pela segunda vez.

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"Na campanha, foram ditas muitas coisas que causam apreensão não apenas no Brasil, mas no mundo inteiro. Causam apreensão nos mercados emergentes, causam apreensão nos países endividados, na Europa. O dia amanheceu mais tenso em função do que foi dito durante a campanha", disse o ministro.

"Mas entre o que foi dito e o que vai ser feito… Nós sabemos que isso já aconteceu no passado, as coisas às vezes não se traduzem da maneira como foram anunciadas. E o discurso pós-vitória oficiosa, não é oficial ainda, mas, após os primeiros resultados, já é um discurso mais moderado do que o da campanha", acrescentou.

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O chefe da equipe econômica de Lula ainda reconheceu haver um avanço da extrema-direita no mundo e que é necessário as frentes democráticas resistirem a isso.

Corte de gastos

Haddad ainda declarou que é momento de cuidar de fatores internos da economia para evitar que o país seja impactado pelo cenário externo. Poucas horas após a vitória de Trump ser confirmada, o dólar ultrapassou a barreira de R$ 6,10.

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O Brasil está próximo a anunciar um robusto pacote de corte de gastos, especulado na casa de R$ 50 bilhões. Segundo o ministro, as reuniões realizadas nessa terça (5) foram "muito produtivas". Lula receberá retorno dos trabalhos, já concluídos, — a respeito do ajuste fiscal — dos ministérios da Casa Civil, Planejamento e Orçamento e Fazenda.

Segundo Haddad, o presidente Lula está "muito consciente da tarefa pela frente, de reforçar o arcabouço fiscal e de dar previsibilidade e sustentabilidade às finanças públicas no médio e longo prazo".

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