Trama golpista: Defesa de Mauro Cid tem até hoje para entregar alegações finais
Ex-ajudante de ordens, que tem acordo de delação premiada, afirmou que Bolsonaro leu e alterou minuta do golpe

Vicklin Moraes
A defesa do tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), deve apresentar nesta terça-feira (29) suas alegações finais na ação penal que apura a tentativa de golpe de Estado após as eleições de 2022. Cid é colaborador premiado no processo.
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Durante depoimento prestado no mês passado, Cid afirmou que Bolsonaro recebeu, leu e solicitou alterações na chamada minuta do golpe, documento que buscava invalidar o resultado das eleições e impedir a posse do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva.
O ex-ajudante também apontou que o general Walter Braga Netto, vice na chapa presidencial, atuava como elo entre Bolsonaro e os acampamentos organizados por apoiadores em frente ao Quartel-General do Exército, em Brasília. Segundo Cid, Braga Netto teria recebido dinheiro para financiar a estrutura dos acampamentos.
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A apresentação das alegações finais é a última etapa da ação penal antes do julgamento pela Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF). Como colaborador, Mauro Cid é a segunda parte a entregar o documento, que ocorre 15 dias após a manifestação da Procuradoria-Geral da República (PGR).