Temer critica “intenção de destruição” da oposição no Brasil e ex-ministro de Bolsonaro rebate
Ex-presidente diz que cobrança da oposição contribui com governos, mas isso não acontece no país; Ciro Nogueira reiterou críticas a Lula
Lis Cappi
O ex-presidente Michel Temer (MDB) criticou ações da oposição no Brasil. A declaração provocou a resposta de um ex-ministro do governo Bolsonaro, durante evento do Lide nos Estados Unidos, nesta terça-feira (14).
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Temer afirmou que a oposição pode contribuir com um governo ao apresentar críticas e contrapontos, mas que não é isso que acontece no Brasil. "No geral, no sistema democrático, existem a situação e a oposição. A oposição existe para ajudar a governar, é fundamental na democracia", disse. "Ela existe para ajudar a governar e ajuda quando critica, quando observa, quando contesta, quando contraria, quando faz as maiores críticas. Nós temos que nos acostumar com isso", completou.
O ex-presidente também alegou que esse movimento não é visto no Brasil. "Lamento dizer que não é isso que se aplica no nosso país, não é de agora, mas já do passado, de muito tempo atrás. Incorporou-se ao nosso sistema a ideia de que, se eu perdi a eleição, o meu dever é destruir aqueles que ganharam a eleição, e isso não contribui com o país", afirmou.
Pouco depois, o ex-ministro de Bolsonaro, senador Ciro Nogueira (PP-PI), rebateu a opinião do ex-presidente, e manteve críticas ao governo Lula. E deu a entender que o atual presidente está “fora do seu tempo”.
"Comparo muito o que acontece no Brasil hoje com o retorno de Getulio Vargas. Getulio tinha sido um grande presidente, mas, quando voltou, voltou fora da sua época. Não conseguia mais se comunicar com a população", afirmou.
Na sequência, o senador disse esperar que venha um “grande novo presidente” para o país, e fez uma comparação ao governo de Juscelino Kubitschek, que assumiu depois de Getulio. Ciro Nogueira citou alguns nomes presentes no evento, como os governadores Ronaldo Caiado (Goiás) e Ratinho Jr (Paraná).
Rio Grande do Sul
Temer ainda citou a tragédia no Rio Grande do Sul, que afetou mais de 2 milhões de pessoas. O político elogiou a solidariedade ao povo gaúcho e sugeriu que o governo implemente secretarias ou ministérios para lidar com a prevenção de incidentes climáticos.