Tarcísio nega articulação contra MP do IOF e diz que problema de Haddad é questão fiscal
Governador afirmou que está “focado no estado"; declaração ocorre após ser citado por líder do PL como responsável por derrota do Planalto sobre MP

Vicklin Moraes
O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), voltou a negar nesta terça-feira (14) ter atuado para derrubar a Medida Provisória (MP) que buscava alternativas ao aumento do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF).
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Na semana passada, o líder do PL na Câmara, deputado Sóstenes Cavalcante (RJ), agradeceu apenas a Tarcísio pela derrota imposta ao governo na votação da MP. Questionado sobre a declaração, o governador afirmou que o parlamentar “só quis ser gentil” e que estão "levando seu nome em vão".
"No dia seguinte, ele falou que ligou para todos os governadores. Acho que ele só quis ser gentil. O fato é que eu estou focado em São Paulo, e esse assunto é do Congresso. A articulação política cabe ao governo, que tem a responsabilidade de aprovar ou não matérias dentro do Parlamento", disse Tarcísio.
As declarações foram dadas após a entrega de um conjunto habitacional de R$ 63 milhões na zona oeste da capital paulista, ao lado do prefeito e aliado Ricardo Nunes (MDB).
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Na semana passada, Tarcísio já havia elevado o tom contra o ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), em vídeo publicado nas redes sociais, afirmando que o petista precisava “tomar vergonha na cara”. A declaração foi dada depois dele ter sido acusado por petistas de trabalhar pela derrota da MP.
“Acho que o Haddad tem uma preocupação maior, que é a questão fiscal. Todo mundo está preocupado com o rumo fiscal do Brasil. A gente não quer, lá na frente, ter um dissabor, não quer ver o país flertando com superendividamento, inflação alta e, eventualmente, recessão”, declarou o governador nesta terça.
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