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Política

Tarcísio diz que negociação de tarifaço dos EUA cabe ao governo federal

Governador de São Paulo se reuniu com representante de negócios da embaixada norte-americana após anúncio de tarifas de 50% por Donald Trump

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O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos). | Fabio Rodrigues-Pozzebom/Agência Brasil
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O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), disse em evento em Cerquilho, interior de São Paulo, que a competência para negociar com a gestão do presidente norte-americano, Donald Trump, é do governo federal. O estado é o maior exportador para os EUA e será dos mais prejudicados caso as tarifas de 50% entrem em vigor a partir de 1º de agosto.

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"A competência para fazer a negociação é do governo federal, da diplomacia brasileira. Diplomacia brasileira que, ao longo dos anos, sempre se saiu muito bem", afirmou. "A gente obviamente está tentando nutrir a embaixada dos Estados Unidos de mais informações, vou dar um exemplo: se você pegar 30% dos voos que saem de Washington, do aeroporto Ronald Reagan, ou do LaGuardia, em Nova York, são feitos em aviões da Embraer. A gente está com comendas enormes da Embraer dos Estados Unidos, só a American Airlines encomendou 90 aeronaves".

Segundo Tarcísio, o tarifaço de Trump acrescentaria US$ 9 milhões ao preço de cada aeronave, tornando a operação inviável. Ele também citou perdas para os produtores de açúcar e etanol e de laranja. De acordo com o governador, 80% do suco da fruta produzido no estado têm os EUA como destino.

Na sexta-feira (11), Tarcísio se reuniu em Brasília com o encarregado de negócios da embaixada dos EUA no Brasil, Gabriel Escobar, para tratar do assunto.

Tarcísio, aliado de Bolsonaro, não citou o ex-presidente ao defender negociações com os EUA. Na carta em que comunicou o governo brasileiro da alta das tarifas, Donald Trump justifica a decisão de aumentar as taxas com uma suposta "caça às bruxas" feita pelo Brasil ao investigar a atuação do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) na tentativa de golpe de Estado após a eleição de 2022.

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"É um momento que demanda união de esforços, sinergia, porque é algo complicado para o Brasil, para um segmento da nossa indústria, do nosso agronegócio. A gente precisa estar de mãos dadas agora para resolver essa questão", afirmou Tarcísio neste sábado. "É questão de ponto de vista, nesse momento tenho que olhar o estado de São Paulo, sou o governador, existem interesses que precisam ser preservados, interesses das nossas empresas, dos nossos produtores. É isso que a gente tem que botar em primeiro lugar."

Na sexta, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, disse que vai conversar "em algum momento, mas não agora" com o presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, sobre as tarifas, e voltou a criticar um tratamento "injusto" a Bolsonaro.

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