STF forma maioria para confirmar decisão que tornou Léo Índio réu
Moraes também determinou que aliado de Bolsonaro preste esclarecimentos sobre saída do país

Yumi Kuwano
A Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) formou maioria para rejeitar o recurso de Leonardo Rodrigues de Jesus, conhecido como Léo Índio, o que confirma como réu por participação no 8 de janeiro de 2023.
Votaram os ministros Cristiano Zanin, Cármen Lúcia e Flávio Dino, que seguiram o relator, Alexandre de Moraes. O ministro Luiz Fux tem até o fim desta sexta-feira (28) para votar.
No recurso, a defesa do primo dos filhos mais velhos de Jair Bolsonaro queria impedir a abertura de ação penal, alegando novamente que Supremo não é a instância competente para julgar o caso, já que não há foro privilegiado.
Em uma das publicações de imagens em suas redes sociais durante a invasão das sedes dos Três Poderes, em Brasília, Léo aparece no prédio do Congresso Nacional, onde ficam as cúpulas do edifício. Em outra, surge perto da sede do Supremo Tribunal Federal (STF). Para a PGR, isso prova a participação dele na invasão e depredação dos edifícios.
Nesta quinta (27), Moraes determinou que Leo Índio preste esclarecimentos, em 48 horas, sobre um vídeo, veiculado na quarta (26) por uma rádio do Paraná, que em que ele afirma que foi para a Argentina há mais de 20 dias.
No primeiro julgamento dos denunciados pela Procuradoria-Geral da República (PGR), Bolsonaro e outros sete aliados se tornaram réus.