”Se não votar meu texto, projeto da anistia vai ficar para 2026”, afirma relator ao SBT News
Paulinho da Força disse acreditar que votação da proposta vai ficar para o próximo ano


Basília Rodrigues
O relator do projeto de lei da anistia na Câmara, Paulinho da Força, afirmou, neste domingo (7), ao SBT News que a votação da proposta deve ficar para 2026, diante da falta de acordo com o Partido Liberal (PL) sobre o texto.
Há pressão de políticos bolsonaristas para que a votação ocorra nesta semana, mas o relator rebate. “É simples. Ou tem acordo para votar meu texto ou vai ficar para o próximo ano”, disse à coluna.
Com apoio de partidos de centro, Paulinho formulou uma versão, chamada de PL da Dosimetria, que não anistia, mas reduz penas de quem foi condenado pela tentativa de golpe no país, o que desagrada quem defende anistiar o ex-presidente Jair Bolsonaro e outros condenados.
“Fizemos uma reunião com o pessoal do centro que decidiu que só vota se for o meu projeto na íntegra. Não quer emenda, não quer destaque, não quer nada. E o PL insiste, através do Flávio Bolsonaro, em fazer emendas, e aí não tem acordo”, contou.
Há expectativa entre políticos de que ocorra um contato entre o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) e o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB). Apesar de integrar o Senado, Flávio tem sido um dos principais articulares do texto nas duas casas.
De acordo com Paulinho, o comando da Câmara estaria disposto a pautar a votação do projeto de lei, em plenário, somente se não houvesse riscos de alguma manobra surpresa para substituir o PL da Dosimetria pelo PL da Anistia. “Não pode ter nenhum problema na votação”, disse.
O calendário é curto. Na próxima semana, o Congresso vai se dedicar à votação do orçamento antes de entrar em recesso parlamentar. Por isso, os próximos dias são considerados decisivos para votação do texto que interfere no resultado do julgamento do 8/1.








