Política

PT recorre de decisão que arquivou processo de cassação contra Eduardo Bolsonaro

Conselho de Ética rejeitou, por 11 votos a 7, representação que acusava deputado de quebra de decoro por atuação nos Estados Unidos

Imagem da noticia PT recorre de decisão que arquivou processo de cassação contra Eduardo Bolsonaro
Líder do PT na Câmara, Lindbergh Farias (à esquerda), e Eduardo Bolsonaro (à direita) | Reprodução
Publicidade

O líder do PT na Câmara, deputado Lindbergh Farias (PT-RJ), apresentou recurso ao plenário da Casa contra a decisão do Conselho de Ética que arquivou o processo de cassação por quebra de decoro parlamentar contra o deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP).

Por 11 votos a 7, o colegiado decidiu encerrar a representação, que havia sido apresentada pelo PT. Segundo Lindbergh, o recurso recebeu mais de 80 assinaturas de deputados de diferentes partidos e tem como base o Código de Ética e de Decoro Parlamentar, que permite ao plenário reexaminar decisões terminativas do Conselho.

+ Conselho de Ética da Câmara arquiva processo de cassação contra Eduardo Bolsonaro

Na representação, o PT acusa Eduardo Bolsonaro de incitar a desobediência a decisões do Supremo Tribunal Federal (STF), ofender autoridades constituídas e buscar apoio político e econômico estrangeiro contra o Estado brasileiro.

Entre os pedidos citados estão a revogação de vistos de autoridades, a aplicação da Lei Magnitsky e a imposição de tarifas. Segundo o partido, essas ações, divulgadas em redes sociais e na imprensa, configuram atentado à soberania nacional e desrespeito às instituições democráticas.

Lindbergh afirmou que o recurso busca garantir que a Câmara exerça plenamente sua função ética e disciplinar.

+ Moraes rejeita pedido da Defensoria Pública da União e mantém atuação do órgão na defesa de Eduardo Bolsonaro

"O arquivamento sumário criaria um precedente gravíssimo, legitimando atos de deslealdade constitucional e desrespeito às instituições", declarou.

Pelas redes sociais, o parlamentar classificou o arquivamento como "uma vergonha".

"Eduardo continua nos EUA conspirando contra o Brasil e cometendo crime de traição nacional. É um absurdo ele não ter sido cassado e ainda manter equipe de assessores paga com dinheiro público", escreveu.
Publicidade

Últimas Notícias

Publicidade