PT diz que atentado em Brasília não foi fato isolado e culpa extrema-direita
Sigla afirmou que métodos e discurso de ódio vem reforçando "espiral de violência"

Camila Stucaluc
O Partido dos Trabalhadores (PT) emitiu uma nota repudiando o atentado com explosivos na Praça dos Três Poderes, em Brasília, ocorrido no último dia 13. No texto, divulgado na noite de sexta-feira (15), a sigla afirma que o ato não foi um fato isolado e responsabiliza os “métodos violentos e discurso de ódio” da extrema-direita.
“O novo atentado contra o STF confirma dramaticamente os riscos que a extrema direita, seus métodos violentos e seu discurso de ódio e mentiras configuram, em escala crescente, para a democracia e o país. Não se trata de fato isolado. O novo episódio encadeia-se na espiral de violência que eles incitam de forma coordenada”, diz o texto.
Ao falar de “espiral de violência”, a sigla relembra os bloqueios rodoviários feitos para contestar a derrota do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) nas eleições de 2022 e a bomba plantada num caminhão de combustíveis próximo ao aeroporto de Brasília, no mesmo ano. Cita ainda a invasão aos prédios dos Três Poderes, em 8 de janeiro de 2023.
“Todos os países que se deixaram levar pelas mentiras da extrema direita, todas as democracias que se intimidaram diante de sua violência, sucumbiram a regimes de terror e iniquidade, como aconteceu no Brasil, em um tempo que Bolsonaro e seus cúmplices cultuam e querem trazer de volta”, finaliza o partido.
Mais de 1.000 ameaças
O Supremo Tribunal Federal (STF) já recebeu mais de 1.000 ameaças desde o 8 de janeiro. Em média, foram três intimidações por dia, entregues tanto por e-mail como por cartas. Nas mais recentes, os autores elogiaram a atitude de Francisco Wanderley Luiz – responsável pelas explosões do dia 13. Ele tirou a própria vida com um dos explosivos.









