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Política

PRF identificou inconsistências em operações no 2º turno das eleições de 2022, mas não apontou responsáveis

Testemunha de Silvinei Vasques, ex-diretor-geral da Polícia Rodoviária Federal, depõe ao STF em processo do "núcleo 2" da trama golpista

Imagem da noticia PRF identificou inconsistências em operações no 2º turno das eleições de 2022, mas não apontou responsáveis
PRF | Divulgação/Polícia Rodoviária Federal
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O policial rodoviário federal Alexandre dos Santos Lopes, que atuava na corregedoria da PRF, afirmou em depoimento ao Supremo Tribunal Federal (STF) nesta segunda-feira (21) que foram encontradas inconsistências em operações realizadas pelo órgão durante o segundo turno das eleições de 2022, mas que não foi possível apontar, naquele momento, quais servidores seriam responsáveis pelas ações.

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Lopes trabalhou na apuração interna aberta na Polícia Rodoviária Federal (PRF) logo após o segundo turno, a partir de matérias jornalísticas que denunciaram supostas operações para reter ônibus de eleitores em regiões onde o então candidato à presidência Luiz Inácio Lula da Silva tinha mais votos (PT), principalmente no Nordeste.

Segundo o policial, o trabalho teve início nas primeiras semanas após a eleição e envolveu a coleta de documentos operacionais, análise de dados de abordagens feitas no período eleitoral e em datas anteriores, além da tomada de depoimentos de diretores e servidores para entender se as operações haviam ocorrido de forma irregular.

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A análise identificou inconsistências em cinco estados, entre eles: Pará, Maranhão, Santa Catarina e Sergipe, de acordo com o depoimento. Lopes explicou que, apesar de ter sido possível identificar "trilhas de materialidade", ou seja, sinais de que as operações teriam ocorrido, não havia elementos suficientes nos primeiros meses de investigação para identificar a autoria dos fatos.

A audiência integra o processo em que Silvinei Vasques, ex-diretor-geral da PRF, é réu do "núcleo 2" na ação penal do STF que apura tentativa de golpe de Estado. O grupo é acusado de gerenciar ações para manter o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) no poder.

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O STF retomou nesta segunda as oitivas das testemunhas de defesa indicadas pelos réus dos núcleos 2 e 3 da trama golpista. São ouvidas as testemunhas de Silvinei Vasques, Filipe Martins, Marcelo Câmara, Bernando Corrêa Neto e Estevam Gaspar de Oliveira. Os depoimentos seguirão até o dia 23 de julho.

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