Política

Presidente do Instituto Brasil-Palestina diz que brasileiros mortos em ataque do Hamas eram "bandidos"

Ahmed Shehada discursou durante evento promovido pelo Partido da Causa Operária (PCO), na última terça-feira (07), para marcar os dois anos da guerra em Gaza

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Ahmed Shehada, presidente do Instituto Brasil-Palestina, durante evento do Partido da Causa Operária (PCO) | Reprodução/CausaOperariaTV
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O presidente do Instituto Brasil-Palestina, Ahmed Shehada, classificou como "bandidos" os brasileiros mortos no ataque terrorista do Hamas, durante um festival de música em Israel, no dia 7 de outubro de 2023. A declaração aconteceu durante um evento promovido pelo Partido da Causa Operária (PCO), na última terça-feira (07), para marcar os dois anos do início da guerra e manifestar apoio ao povo palestino.

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No discurso, Shehada criticou a ocupação de terras palestinas por estrangeiros - aos quais ele se referiu como "bandidos importados" - e questionou a presença de brasileiros na região.

"Como eu falei, 75% do povo de Gaza são refugiados, expulsos, igual eu. E eles esperaram 75 anos para poder voltar para a sua casa. E aqueles que vivem lá hoje são filhos, são netos daqueles que foram expulsos justamente das cidades e aldeias que foram, supostamente, invadidas. Como alguém invade a sua casa? Ele tentou voltar para a sua casa. E onde moram lá são bandidos importados e trazidos da Europa, que não têm nada a ver com essa terra, alguns até brasileiros. 'Mas, foram mortos brasileiros'... mas, o que o brasileiro estava fazendo lá nessa terra? Um bandido", argumentou o presidente do Instituto Brasil-Palestina, Ahmed Shehada.

O ataque do Hamas ao festival de música eletrônica, nos arredores de Re'im, a menos de 20 km da Faixa de Gaza, na região Sul de Israel, deixou mais de 1.200 mortos. Dentre as vítimas, estão quatro brasileiros: Michel Nisenbaun, Ranani Glazer, Bruna Galeanu e Karla Stelzer.

Outras 251 pessoas foram levadas como reféns pelo grupo terrorista. Atualmente, 48 deles permanecem sob poder do grupo, sendo que apenas 20 estão vivos.

Já do lado palestino, em 731 dias de guerra na Faixa de Gaza, mais de 67 mil palestinos foram mortos e 169 mil ficaram feridos, segundo dados da Organização das Nações Unidas (ONU). A violência também atingiu os trabalhadores humanitários: pelo menos 562 foram mortos, incluindo 376 funcionários da ONU, desde o início do conflito.

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