PF prende estudante que ameaçou Nikolas Ferreira de morte
Também foi instaurado um inquérito para apurar outros fatos relacionados ao investigado, bem como uma possível participação de terceiros no crime

Gabriela Vieira
A Polícia Federal (PF) prendeu na quinta-feira (12) um estudante que ameaçou o deputado Nikolas Ferreira (PL-MG) de morte através das redes sociais. A prisão aconteceu no Espírito Santo (ES).
Segundo a PF, o preso foi encaminhado à Delegacia da Polícia Federal em São Mateus (ES) para a lavratura dos procedimentos de polícia judiciária. Também foi instaurado um inquérito para apurar outros fatos relacionados ao investigado, bem como uma possível participação de terceiros no crime.
Nas redes sociais, o parlamentar republicou uma postagem de 2023 do estudante de Ciências Biológicas da Universidade Federal do Espírito Santo (ES) falando "que tristeza que esse Nikolas existe cara, alguém mata esse cara namoral".
Mais recentemente, em 10 de setembro de 2025, o estudante Adalto Gaigher disse no X (ex-Twitter) que mataria Nikolas a tiros.
A fala foi após publicação do deputado sobre a morte de Charlie Kirk, ativista conservador dos Estados Unidos, que morreu na quarta-feira (10) baleado durante evento em uma universidade.
"A esquerda forma assassinos, imorais e sem alma. Estudantes que querem matar ou concordam em matar seus opositores políticos. Já mobilizei todos os instrumentos jurídicos e de segurança contra eles. Se querem guerra, conseguiram", respondeu Nikolas.
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Pedido de desculpas
No entanto, apesar da confusão, Adalto Gaigher fez uma nova publicação pedindo desculpas a Nikolas. "Gostaria de me desculpar pelo comentário totalmente inadequado e infeliz que postei ontem. Nikolas Ferreira, minhas sinceras desculpas. Foi um comentário desmedido, em um momento de euforia”, afirmou.
Em resposta, o parlamentar disse que não aceitaria as desculpas e prometeu tomar “as ações cabíveis” contra o estudante, que deletou seu perfil no X em seguida.
"Você só está falando isso porque a postagem viralizou. Não aceito desculpa alguma e não recuarei um milímetro em mover todas as ações cabíveis contra a sua atitude. Já não é a primeira vez. O que mostra que não houve nenhum arrependimento, somente o medo das consequências. Enfrente-as agora”, acrescentou o deputado.
Resposta da Universidade
A Universidade Federal do Espírito Santo publicou nas redes sociais uma nota após a prisão do estudante:
"A Administração Central da Ufes afirma que repudia qualquer tipo de manifestação que incite à violência, ao ódio ou à discriminação expressa por qualquer meio ou veículo, incluindo as plataformas digitais. Denúncias, para serem formalizadas, devem ser encaminhadas à Ouvidoria da Universidade pelo endereço http://falabr.cgu.gov.br, que adotará as providências legais cabíveis", publicaram no Instagram.
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