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Política

PF mira suposto esquema de fraude em obra de hospital de Macapá; prefeito é um dos alvos

Operação Paroxismo cumpriu mandados de busca na capital amapaense e em Belém (PA); Dr. Furlan se envolveu em confusão com jornalistas há duas semanas

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Esquema de fraude em licitação está ligado à construção do Hospital Municipal de Macapá | Divulgação/PF
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Uma operação da Polícia Federal investiga um esquema de fraude em licitação, desvio de recursos públicos e lavagem de dinheiro ligado à construção do Hospital Municipal de Macapá. Um dos alvos da ação é o prefeito da capital amapaense, Antônio Paulo de Oliveira Furlan, o Dr. Furlan (MDB), que há pouco mais de duas semanas se envolveu em uma confusão com jornalistas que questionaram os atrasos na obra da unidade de saúde (saiba mais abaixo).

Ao todo, a Operação Paroxismo cumpriu 11 mandados de busca e apreensão em Macapá e outros dois em Belém, no Pará. De acordo com a investigação da PF, o grupo criminoso é composto por agentes públicos e empresários, que direcionavam licitações, desviavam recursos e pagavam propinas em contratos da saúde municipal.

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O contrato investigado, assinado em maio de 2024, foi estimado em R$ 69,3 milhões. Ainda conforme a Polícia Federal, os envolvidos utilizavam estratégias de dissimulação patrimonial, como entregas de dinheiro em espécie e movimentações bancárias, para ocultar a origem ilícita dos valores.

A Prefeitura de Macapá divulgou uma nota sobre a operação desta quarta em que ressaltou sua "confiança na seriedade e independência da Justiça" e afirmou que está à disposição das autoridades.

"A gestão municipal está à disposição das autoridades competentes para prestar todos os esclarecimentos necessários, pois atua com responsabilidade e dentro da legalidade de seus atos administrativos", diz a nota.

Confusão com jornalistas

Dr. Furlan foi filmado agredindo um jornalista durante uma visita às obras do Hospital Municipal de Macapá no último dia 17. O vídeo que registrou o momento viralizou nas redes sociais (veja abaixo).

Nas imagens, é possível ver quando o jornalista Heverson Castro aborda o mandatário e questiona sobre o atraso na obra, que foi iniciada em 2023, mas Dr. Furlan afasta o microfone e não responde. Mais à frente, o prefeito avança contra Iran Froes, outro integrante da equipe, aplicando nele um "mata-leão".

Na confusão, um terceiro membro da equipe de Castro, Marshal dos Anjos, é perseguido por um homem de camiseta azul e boné.

Após a agressão, Dr. Furlan afirmou que o jornalista estava "provocando", enquanto Heverson Castro justificou que estava realizando o trabalho de imprensa. "Eu fiz uma pergunta normal", disse o profissional.

No tumulto, os três jornalistas foram detidos pela Guarda Municipal e encaminhados para a Delegacia da Mulher após duas servidoras públicas alegarem que foram agredidas por eles. A versão foi contestada pelos detidos, que foram liberados depois de seis horas. Segundo a defesa, a liberação foi autorizada após a perícia não constatar nenhum indício de agressão física nas funcionárias.

Em um vídeo publicado nas redes sociais, no dia seguinte, o prefeito pediu desculpas à população e afirmou que se excedeu. "Me excedi quando presenciei servidoras, nas suas funções, sendo agredidas durante seu trabalho. Isso eu não vou permitir", disse.

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