Publicidade
Política

"Perdeu, mané": Débora é sentenciada a 14 anos, mas quer manter prisão domiciliar

Defesa apresentou embargos ao STF solicitando a manutenção do regime domiciliar, argumentando necessidade de cuidar dos dois filhos

Imagem da noticia "Perdeu, mané": Débora é sentenciada a 14 anos, mas quer manter prisão domiciliar
Estátua pichada em Brasília | Reprodução
• Atualizado em
Publicidade

A cabeleireira Débora Rodrigues dos Santos, que foi sentenciada pela Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) a 14 anos de prisão por cinco crimes distintos, solicitou à corte a permissão para continuar cumprindo sua pena em regime domiciliar. Ela ficou nacionalmente conhecida após escrever a frase "perdeu, mané" com batom na estátua 'A Justiça', localizada em frente ao STF. Atualmente, Débora está em prisão domiciliar por decisão do ministro Alexandre de Moraes.

+ Turma do STF suspende por unanimidade ação penal contra deputado Ramagem

A defesa de Débora destacou em embargos de declaração, ao STF, que “durante a prisão domiciliar, a recorrente não concorreu para nenhum outro crime, cumprindo todas as condições impostas pelo juízo. Sendo assim, a recorrente (Débora) tem o direito de continuar cumprindo sua reprimenda total de 14 anos, sendo 12 anos e 6 meses de reclusão e 1 ano e 6 meses de detenção em regime domiciliar, haja vista que possui todas as condições para isso. Além disso, a recorrente é genitora de dois filhos, que são totalmente dependentes de seus cuidados”.

Os advogados de Débora argumentam que o STF não analisou pontos importantes em sua decisão, como a restituição do celular apreendido e a determinação do município onde ela deveria cumprir a pena.

Relembre caso

Débora foi denunciada pela Procuradoria-Geral da República (PGR) por crimes de associação criminosa armada, abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, dano qualificado e deterioração de patrimônio tombado.

A cabeleireira estava presa desde março de 2023, mas passou para regime domiciliar em março de 2025, por decisão de Moraes após manifestação favorável da PGR.

A ré confirmou acusações em interrogatório à Polícia Federal (PF). "A acusada ratificou sua manifestação, confirmando ser a pessoa retratada nas fotografias constantes dos autos, bem como confirmando ter vandalizado, com batom vermelho, a escultura referida", apontou Moraes, em complemento de voto.

Débora também admitiu ter participado tanto da invasão à Praça dos Três Poderes no 8/1, quando prédios públicos foram depredados e invadidos, quanto do acampamento em frente ao Quartel-General do Exército, em Brasília, onde manifestantes pediam intervenção militar após derrota do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) para o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) nas eleições de 2022.

A frase "perdeu, mané", pichada por Débora, é referência à declaração dada pelo ministro Luís Roberto Barroso, presidente do STF, em novembro de 2022, em resposta a um bolsonarista quando o magistrado estava em Nova York para um evento.

Publicidade

Assuntos relacionados

STF
8 de janeiro
Atos golpistas
Publicidade

Últimas Notícias

Publicidade