Padilha diz que Trump é "inimigo da saúde" e que se acha o "chefe do mundo"
Ministro da Saúde disse que Mais Médicos é patrimônio do povo brasileiro, e que nenhum ataque fará com que ele abra mão do programa

Gabriela Vieira
O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, disse nesta quinta-feira (14) que o presidente norte-americano, Donald Trump é "inimigo da saúde". Ele também falou que Pix e Mais Médicos são patrimônios do povo brasileiro.
"Nenhum ataque vai fazer com que a gente abra mão do Pix e do Mais Médicos", disse Padilha durante evento de inauguração de uma fábrica da Empresa Brasileira de Hemoderivados e Biotecnologia (Hemobrás).
No X (ex-Twitter), o ministro disse que não vai se curvar a quem "persegue as vacinas, os pesquisadores e a ciência e, agora, duas das pessoas fundamentais para o Mais Médicos na minha primeira gestão como Ministro da Saúde, Mozart Sales e Alberto Kleiman”.
A citação de Padilha se dá em meio à revogação do visto de Mozart Sales, braço direito do ministro, e de Alberto Kleiman pelo governo estadunidense.
Alexandre Padilha também disse que Trump "se acha chefe do mundo" e que ele já tem histórico de atacar a saúde, antes mesmo do tarifaço imposto ao Brasil, perseguindo cientistas que "desenvolvem vacinas, cancelando contratos, e agora faz um ataque a um programa internacionalmente reconhecido, que é o Mais Médicos".
O programa foi lançado em 8 de julho durante o governo da ex-presidente Dilma Rousseff, criado por Alexandre Padilha. O objetivo é suprir a carência de médicos nos municípios do interior e nas periferias das grandes cidades do país.
O ministro disse ainda que já está acostumado a sofrer muitos ataques de inimigos da saúde, de gente que "não está nem aí".
+ EUA revogam vistos e impõe restrições a brasileiros ligados ao Mais Médicos
Entenda
O secretário de Estado dos Estados Unidos, Marco Rubio, anunciou na quarta-feira (13) que o governo estadunidense revogou vistos e impôs restrições a funcionários do governo brasileiro ligados ao programa Mais Médicos.
Foram sancionados Mozart Julio Tabosa Sales, secretário do Ministério da Saúde do Brasil, e Alberto Kleiman, ex-funcionário da pasta.