Oposição entrega ao presidente do Senado pedido de impeachment contra Alexandre de Moraes
Ato simbólico faz parte das estratégias de parlamentares contra decisões de ministro do STF; na Câmara, deputados querem CPI do Abuso de Autoridade
Parlamentares de oposição ao governo Lula levaram para o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), mais um pedido de impeachment contra o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). O ato foi anunciado há mais de um mês, mas confirmado nesta segunda-feira (9), três dias após protestos bolsonaristas do 7 de Setembro.
Até o momento, outros 21 pedidos de impeachment contra Moraes esperam uma decisão de Pacheco se vai ou não pautá-los para análise dos demais senadores.
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O pedido foi levado a Pacheco de forma simbólica e deve ser protocolado oficialmente em breve. O parecer questiona decisões de Moraes ligadas aos inquéritos de fake News, 8 de janeiro e para o bloqueio da plataforma X, antigo Twitter, no Brasil.
Conforme apurou o SBT News, antes de ser oficializado, o pedido será levado a um cartório. A solicitação ganhou o apoio de 163 deputados. No Senado, o líder da oposição, Marcos Rogério (PL-RO), orientou que congressistas não assinem pelo pedido pela possível avaliação ao processo na Casa, caso a solicitação seja acatada por Pacheco.
Parlamentares pressionam para que o presidente do Senado avance com o pedido apresentado mas, até o momento, Pacheco não sinalizou possibilidade em acatar o pedido. Aos congressistas, Pacheco destacou o trabalho voltado para equilíbrio entre os Poderes, mas se comprometeu em analisar a proposta levada e apresentar uma posição em breve.
"É uma situação muito delicada, muito difícil, cuja tomada de decisões não vem de uma posição pessoal de quem ocupa essa cadeira. É uma posição muito mais ampla", destacou Pacheco ao receber o documento. O presidente do Senado ainda disse que vai equilibrar pontos lógicos, técnicos e jurídicos.
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A oposição pretende insistir com o pedido, levando a demanda a outras reuniões no Senado - entre elas, a de líderes partidários. Em outra frente, deputados querem a abertura da CPI do Abuso de Autoridade, para uma investigação sobre decisões do Supremo.
Parlamentares que fazem parte da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara também votam, nesta terça-feira (10), propostas para limitar as decisões da Corte - como restrição a posições definidas por apenas um ministro. Além de uma alteração no próprio pedido de impeachment.
A comissão votará, ainda, a anistia a condenados pelo 8 de janeiro. As decisões contra golpistas também foram dadas por Moraes.