Nunes reforça laço com "irmão" Tarcísio em agenda conjunta na periferia de SP
O governador destacou "afinação" de sua gestão com a prefeitura antes de anunciar nome para vice na chapa que disputará reeleição
Leonardo Rodrigues
O prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), chegou a chamar o governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) de “irmão” durante o evento de assinatura do termo de extensão da linha 9-Lilás do metrô, na zona sul da capital. “Quero agradecer a esse meu amigo, meu irmão, que é o Tarcísio. Nós temos uma sinergia muito grande nesse trabalho”, disse.
A agenda serviu para Tarcísio confirmar coronel Mello para a vice na pré-candidatura de Nunes à reeleição. Além de anunciar o nome, Tarcísio disse que os dois, à frente das gestões municipal e estadual, estão “afinados como música”. “Não tem como ter resultado sem trabalho em conjunto”, disse Tarcísio, para incentivar a manutenção de Nunes no cargo.
Cabo eleitoral
Em 19 de junho, uma pesquisa divulgada pela AtlasIntel mostrou que o eleitorado de Tarcísio na capital tende a migrar para Nunes na corrida eleitoral deste ano. Ambos são apoiados pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
A pré-candidatura de Guilherme Boulos (PSOL), principal adversário de Nunes e líder nas pesquisas de intenção de votos, é apoiada pelo presidente Lula (PT), no campo oposto ao do governador paulista.
Discurso popular
Na agenda na periferia de São Paulo, o prefeito relembrou sua atuação na presidência da CPI da Sonegação Tributária, quando era vereador da cidade. A Comissão Parlamentar de Inquérito, em 2019, investigava supostas fraudes fiscais cometidas por instituições financeiras e propôs, em seu relatório final, o indiciamento de executivos dos bancos Itaú e Safra.
Segundo Nunes, esse histórico afasta o apoio do setor à sua reeleição: “Vocês não vão ver muitos bancos nos apoiando, eles não gostam da gente. Não tem problema, também não gosto deles”.
