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Política

Mourão nega participação em reuniões sobre golpe e diz que diálogos são "fantasias"

"Não houve reunião comigo", diz Mourão sobre diálogos que citam plano contra posse de Lula

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Em depoimento ao Procurador-Geral da República (PGR) nesta sexta-feira (23), o general da reserva Antônio Hamilton Martins Mourão negou veementemente ter participado de qualquer reunião que discutisse um golpe de Estado ou o impedimento da posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. As declarações foram dadas em resposta a questionamentos baseados em diálogos revelados no relatório final da Polícia Federal (PF).

A PGR trouxe à tona uma conversa atribuída a uma pessoa identificada como "Riva" e ao militar Cavaliere, na qual se menciona uma reunião em que Mourão estaria envolvido. No diálogo, "Riva" diz: "Estou escutando a história do Mourão e estou abismado. Na reunião com 01 [possível referência a Bolsonaro], falando que o Peru era logo ali" – em alusão a uma tentativa de golpe no Peru em 7 de dezembro.

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Ainda segundo a mensagem, teria havido um documento assinado e depois rasgado, além da menção a tanques no Arsenal prontos para ação. Cavaliere responde: "Pra mim, o 01 tinha que ter rompido com a MB [Marinha], que o Exército e a FAB [Força Aérea] iriam atrás".

Questionado sobre os diálogos, Mourão afirmou: "Em absoluto. Esse diálogo é mais uma das fantasias que circulam pela internet. Desconheço este Riva e o outro militar, Cavaliere. Em nenhum momento foi apresentada a minuta que seja de medida de exceção, então, obviamente, este texto é totalmente fake, vamos dizer assim".

A PGR então citou o tenente-coronel Cid, que confirmaria a existência da reunião. Mourão respondeu: "Reunião com a minha presença, eu nego".

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Quando perguntado se o tenente-coronel Cid estaria mentindo, Mourão evitou acusá-lo diretamente. "Não posso dizer que é mentiroso, até porque não tive acesso ao que ele disse".

O caso segue sob investigação, com a possibilidade de novos depoimentos e confrontações entre as partes envolvidas.

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