Moraes chama Musk de ‘alienígena’ em respostas às provocações do bilionário
Presidente da corte, Luís Roberto Barroso, complementou a fala do ministro dizendo que há interesse econômico por trás do discurso de liberdade de expressão

Vanessa Vitória
O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes abriu a sessão da Corte, desta quarta-feira (10), diferenciando “liberdade de expressão” de “liberdade de agressão”, em resposta às provocações do bilionário Elon Musk feitas neste final de semana.
“As pessoas de bem sabem que liberdade de expressão não é liberdade de agressão, sabem que liberdade de expressão não é liberdade para proliferação do ódio, do racismo, da misoginia, da homofobia. Talvez, senhor presidente, alguns alienígenas não saibam, mas passarão a aprender se tiveram conhecimento da coragem e seriedade do poder Judiciário brasileiro”, declarou Moraes.
Na ocasião, o presidente da corte, Luís Roberto Barroso, complementou a fala do ministro dizendo que há interesse econômico por trás do discurso de liberdade de expressão.
“O que existe é um modelo de negócios que vive do engajamento. E, desafortunadamente, o ódio, a mentira, os ataques às instituições trazem mais engajamento, infelizmente, do que o discurso moderado, do que a notícia verdadeira”, declarou.
O ministro Gilmar Mendes também destacou a necessidade de regras para as redes sociais. “As manifestações veiculadas na rede social X, antigo Twitter, apenas comprovam a necessidade de que o Brasil de uma vez por todas regulamente, de modo mais preciso, o ambiente virtual”.
O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira, anunciou a formação de um grupo de trabalho para discutir uma nova proposta para substituir o PL das Fake News, o que deve atrasar as discussões sobre regulamentação das redes sociais no Congresso. A justificativa é que o texto anterior, que está parado na casa desde o ano passado, tem trechos polêmicos.
O relator do projeto, deputado Orlando Silva (PCdoB-SP), defende a votação do texto. "A Câmara dos Deputados ainda deve à sociedade brasileira uma lei que regule o funcionamento das plataformas digitais. Eu aprendi que a polêmica você resolve, ao fim e ao cabo, no plenário."









