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Política

Ministro da CGU diz que não comunicou o governo sobre desvios do INSS para manter sigilo da investigação

Segundo Vinícius Marques, era sua "obrigação funcional" não revelar nada para ninguém

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Ministro da CGU | Valter Campanato/ Agência Brasil
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O ministro da Controladoria-Geral da União (CGU), Vinícius Marques de Carvalho, disse nesta quinta-feira (2) que não informou o governo sobre os desvios do INSS para manter sigilo sobre a investigação.

Mesmo com o relatório da auditoria em mãos, ele disse que preferia que a investigação acontecesse da forma mais "eficiente possível".

“O procedimento para a realização de auditorias que se transformam em inquérito policial é o sigilo. A minha responsabilidade funcional era garantir, inclusive, que essa investigação acontecesse da forma mais eficiente possível. Então, era minha obrigação funcional não revelar dados que pudessem ser usados em uma investigação para ninguém”, disse.

+CPMI do INSS ouve ministro da Controladoria-Geral da União nesta quinta (2)

A CPMI do INSS recebeu o ministro da CGU, Vinicius Carvalho, nesta quinta-feira (2). O órgão foi um dos responsáveis por divulgar o esquema de descontos irregulares nos benefícios de aposentados e pensionistas.

Apesar de não ter repassado ao governo, ele disse que a situação já era tratada de forma interna pela CGU. Vinícius acrescentou que ficou sabendo do esquema de fraudes após a imprensa encaminhar demandas via Lei de Acesso à Informação (LAI), quando solicitaram informações sobre pagamentos de aposentadorias, em março de 2023.

No entanto, o relator da CPMI, Alfredo Gaspar (União Brasil-AL), critica que o ministro demorou para informar o governo, mesmo sendo o trabalho dele.

Com o esquema de fraudes descoberto em 2023, a Polícia Federal (PF) iniciou uma investigação. "Eu entendi, a partir do trabalho que a minha equipe estava fazendo, que a atuação com a Polícia Federal era o caminho mais adequado para lidar com esse problema e acabar com esse problema de uma vez”, afirmou o ministro.

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