Câmara cassa mandatos de Ramagem e Eduardo Bolsonaro
Deliberação foi feita nesta tarde; primeiro secretário da Mesa Diretora, Carlos Veras, afirma que maioria dos membros assinou perda mandato



Victoria Abel
Victória Melo
José Matheus dos Santos
A Mesa Diretora da Câmara dos Deputados decidiu, por maioria, cassar os mandatos dos deputados federais Alexandre Ramagem e Eduardo Bolsonaro, nesta quinta-feira (18).
“No caso de Ramagem, ele está condenado com trânsito em julgado. No de Eduardo, ele já atingiu o número de faltas”, diz Carlos Veras (PT-PE), primeiro secretário da Mesa.


O líder do PL, Sóstenes Cavalcante, também confirmou a informação nas redes sociais.
"Às 16h40, recebi ligação do Presidente da Câmara, Hugo Motta, comunicando a decisão da Mesa Diretora de cassação, de ofício, dos mandatos dos Deputados Eduardo Bolsonaro e Delegado Ramagem. Trata-se de uma decisão grave, que lamentamos profundamente e que representa mais um passo no esvaziamento da soberania do Parlamento", escreveu o deputado.
Sóstenes chama a cassação de "decisão política" que "retira do plenário o direito de deliberar e transforma a Mesa em instrumento de validação automática de pressões externas".
"Quando mandatos são cassados sem o voto dos deputados, o Parlamento deixa de ser Poder e passa a ser tutelado", complementa o deputado do PL.
O deputado federal Rogério Correia (PT-MG) comemorou a cassação dos mandatos de Ramagem e Eduardo, em vídeo gravado nas redes sociais.
Em uma publicação na rede social X, o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), irmão de Eduardo, afirmou que considera um “erro” a possível cassação dos mandatos dos deputados.
Na postagem, o parlamentar classificou a situação como perseguição política, questionou os critérios para a perda de mandato por faltas e comparou os casos a situações excepcionais









