Lula se reúne com União Brasil nesta quinta (10) para discutir novo ministro das Comunicações
Presidente disse que vai discutir a possível nomeação do deputado Pedro Lucas (União-MA)
Yumi Kuwano
Murilo Fagundes
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) disse que vai conversar com o União Brasil assim que retornar ao país, nesta quinta-feira (10), para definir o substituto do ex-ministro das Comunicações Juscelino Filho, que pediu demissão na noite de terça (8) após ser denunciado por corrupção pela Procuradoria-Geral da República.
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Um dos nomes mais cotados é o do líder do União na Câmara, Pedro Lucas Fernandes (MA). "Eu já tenho o nome, eu conheço o Pedro Lucas, eu vou voltar para o Brasil, amanhã de manhã eu vou conversar com o União do Brasil, e se for o caso eu já discuto a nomeação dele", disse Lula a jornalistas em Honduras.
O presidente está no país para participar da IX Cúpula de Chefes de Estado e de Governo da Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos (Celac).
Em relação ao impacto da mudança na reforma ministerial, Lula ressaltou que qualquer alteração é uma decisão unilateral do presidente da República e que as trocas de ministros ou mudanças no governo ocorrerão quando ele achar necessário, sem um prazo definido.
Tarifaço
Lula também comentou sobre as atitudes do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, com decisões unilaterais que têm gerado tensão em todo o mundo. Ele citou a elevação das taxas de importação para a China e a redução para outros países, e disse que isso parece ser uma guerra entre os dois países, destacando a incerteza dos efeitos dessas medidas.
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"É muito importante que as pessoas entendam que não é aceitável a hegemonia de um país, nem militar, nem cultural, nem industrial, nem tecnológica, nem econômica", ressaltou.
Segundo o chefe do Executivo, as negociações unilaterais podem prejudicar a economia global e minar o multilateralismo, que é essencial para a estabilidade e o progresso econômico.
"A melhor forma de você fazer um bom acordo é sentar numa mesa de negociação, sem hegemonismo, sem prepotência e sem arrogância", disse.
Sobre o Brasil, reforçou novamente que tomará as medidas necessárias, seja por meio da Organização Mundial do Comércio (OMC) ou através de reciprocidade nas políticas comerciais. "A nossa decisão é a seguinte, tudo que fizer conosco haverá reciprocidade, tudo", completou.