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Política

Lula retorna ao Brasil com sensação de dever cumprido e prepara conversa com Trump

Presidente volta dos EUA com foco em negociações econômicas e enfrenta impasses internos no governo

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O presidente Lula | Ricardo Stuckert/PR
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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva retornou a Brasília na madrugada desta quinta-feira (25), por volta das 4h, depois de uma intensa agenda em Nova York, onde participou da Assembleia Geral da ONU.

Após descansar algumas horas, Lula recebeu, ainda durante o dia, os ministros da Casa Civil, Rui Costa, e da Fazenda, Fernando Haddad.

Nos bastidores, aliados do presidente avaliam que a participação na ONU trouxe sensação de dever cumprido, com destaque para o rápido encontro com o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.

Integrantes da diplomacia brasileira já começaram a trabalhar para viabilizar um contato formal entre Lula e Trump, previsto para a próxima semana. As principais possibilidades são uma ligação telefônica ou uma videoconferência, e não um encontro presencial.

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O professor Vinicius Vieira, doutor em Relações Internacionais da FAAP e da FGV, avalia que o foco da conversa deve ser a reversão do tarifaço imposto pelos Estados Unidos.

“Acredito que, orientado pela diplomacia profissional, Lula deve iniciar a conversa em torno do tarifaço, que vem afetando o Brasil com perda de empregos e de mercados. É preciso isolar a política e trazer a discussão para o campo econômico, em uma negociação que pode interessar a Trump, já que ele gosta de fazer negócios”, explica.

Para o especialista, uma forma de atrair a atenção do governo norte-americano seria propor uma agenda envolvendo metais raros e big techs.

“Conversas de bastidores indicam que o Brasil vai propor acordos na área de metais raros, fundamentais para a transição energética. O país tem as maiores reservas depois da China. Além disso, pode avançar em concessões para as big techs, que têm forte ligação com Trump e já criticaram o excesso de regulações no Brasil. Essas medidas poderiam ajudar a reduzir tarifas ou ampliar exceções”, acrescentou.

Além da estratégia internacional, Lula enfrenta desafios internos. Com a saída do União Brasil da base governista, o presidente terá de definir a substituição de Celso Sabino no Ministério do Turismo.

Também há expectativa de mudanças em outros órgãos, incluindo a possibilidade de ajustes na Secretaria-Geral da Presidência. O deputado Guilherme Boulos (PSOL) é cotado para assumir o posto, como forma de reforçar o apoio ao governo nas ruas.

No início da noite, Lula participou da cerimônia de posse do novo presidente do Tribunal Superior do Trabalho (TST), Vieira de Mello Filho.

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