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Política

Lula planeja fazer reunião com "presidentes democratas" para conter avanço da extrema direita

Presidente menciona ataques à democracia em países pelo mundo, como os Estados Unidos, em casos como o ataque ao Capitólio em janeiro de 2021

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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou, nesta terça-feira (23), que os setores democráticos no mundo precisam se unir internacionalmente para frear avanços da extrema-direita.

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Em café da manhã com jornalistas no Palácio do Planalto, ele disse já ter falado com Pedro Sánchez (Espanha) e Emmanuel Macron (França) para reunir os "presidentes democratas" antes da Assembleia-Geral das Nações Unidas (ONU) e debater estratégias.

"Estamos vivendo um novo período. Os setores de esquerda e os setores democráticos precisam se organizar e se preparar. Falei com Pedro Sánchez, com o Macron, e estamos tentando ver se a gente consegue fazer uma reunião com os chamados 'presidentes democratas' por ocasião da Assembleia-Geral da ONU, para definir estratégia sobre como vamos, a nível internacional, enfrentar o crescimento da extrema direita e suas matrizes. Acho que é um problema novo [...] é um momento novo, em que vale tudo, menos a verdade", disse.

Lula citou a invasão ao Capitólio nos Estados Unidos, em janeiro de 2021, como indicativo de que as instituições democráticas vêm sendo alvos constantes de ataques. O presidente não mencionou o nome do ex-presidente Donald Trump, investigado por envolvimento nas depredações à sede do poder Legislativo norte-americano.

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"Vejam os Estados Unidos. Vocês que são mais jovens não têm noção do que era o simbolismo da democracia americana, não têm noção do que significava o Capitólio e os partidos Democrata e Republicano. Aos olhos do mundo, era o exemplo mais fantástico da democracia, um país exemplo do mundo, o país da oportunidade. O que são os EUA? Vocês sabem que hoje tem 750 pessoas processadas e 450 pessoas presas pelo ataque ao Capitólio?", disse.

"O que aconteceu lá foi uma afronta à democracia, e você não pode permitir que as negações das instituições prevaleçam. As instituições que foram criadas para manter a democracia, por mais defeito que elas tenham, precisam ser fortes. Então os EUA, que eram o respeito da democracia, o exemplo [...] está do jeito que está", acrescentou.

Lula também comentou sobre a a manifestação de Bolsonaro em Copacabana e disse que não se preocupa com "ato de fascista".

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