Lula garantiu que não vai interferir nas eleições da Câmara, diz Elmar Nascimento
Líder do União Brasil deve disputar o posto de presidente da Câmara dos Deputados com Antonio Brito (PSD-BA) e Hugo Motta (Republicanos-PB) em 2025
Guilherme Resck
O líder do União Brasil na Câmara dos Deputados e do maior bloco parlamentar da Casa, Elmar Nascimento (BA), comentou em suas redes sociais sobre o encontro que teve com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), no Palácio do Planalto, nessa quarta-feira (11). Elmar ressaltou que se reuniu com o petista para discutir a sucessão na presidência da Câmara e disse que recebeu do chefe do Executivo federal "a garantia de que ele não interferirá nas eleições da Casa".
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Segundo o deputado, isso demonstra a "liderança republicana e de respeito pelas instituições" de Lula. A eleição para presidente da Câmara será realizada em fevereiro de 2025. Elmar deve disputar o posto com os líderes do Republicanos, Hugo Motta (PB), e do PSD, Antonio Brito (BA). Na quarta, o atual presidente da Casa, Arthur Lira (PP-AL), confirmou que apoia Motta para sua sucessão.
No dia anterior, Elmar e Brito firmaram uma aliança para um apoiar o outro no segundo turno da eleição, dependendo de qual deles passar.
Nos últimos meses, o líder do União Brasil vinha sendo apontado como o nome favorito de Lira para substituí-lo na presidência da Câmara. O bloco parlamentar também liderado por ele, formado por União Brasil, PP, PSDB, Cidadania, PDT, Avante, Solidariedade e PRD, tem 161 deputados federais. O União possui 59.
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Segundo Elmar, o encontro com Lula "foi pautado pelo compromisso de fortalecer as instituições democráticas e assegurar um ambiente seguro e estável no Brasil".
"Reafirmei meu compromisso de promover um diálogo aberto e transparente, essencial para a construção de uma ampla coalizão que garanta a governabilidade do país", acrescentou.
Para ser eleito presidente da Câmara dos Deputados, o candidato precisa de maioria absoluta dos votos em primeira votação ou ser o mais votado no segundo turno. Após o novo presidente ser eleito, são apurados os votos dos demais integrantes da Mesa Diretora, na seguinte ordem: dois vice-presidentes; quatro secretários e quatro suplentes.
No início do mês passado, Lula afirmou que não tinha candidatos às presidências da Câmara e do Senado.