Lula estava "sonolento e cansado" após reuniões, diz ministro
Paulo Pimenta confirmou que presidente foi orientado pela equipe médica a fazer exames; Lula estava reunido com Lira e Pacheco antes de ir ao hospital
SBT News
O ministro da Secretaria de Comunicação da Presidência, Paulo Pimenta, afirmou, em um vídeo publicado nas redes sociais, que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva estava "sonolento e cansado" após agenda de reuniões no fim da tarde de segunda-feira (9). Ao informar à equipe médica que estava se sentindo indisposto e com dores de cabeça, os médicos recomendaram que o presidente procurasse o Hospital Sírio Libanês, em Brasília.
Após passar por bateria de exames, Lula foi transferido para a unidade de São Paulo, onde fez uma cirurgia de emergência na madrugada desta terça-feira (10), para drenar líquido entre o crânio e o cérebro.
+ Lula não tem lesão cerebral nem sequelas, diz equipe médica
"O presidente ontem estava um pouco indisposto durante o dia, no final da tarde estava com dor de cabeça e em contato com os médicos decidiu então realizar uma bateria de exames no final da tarde no hospital Sírio-Libanês em Brasília", disse o ministro.
De acordo com Pimenta, a transferência de Lula para São Paulo foi feita porque é onde o médico particular do presidente, Dr. Kalil Filho, comanda sua equipe. Ministro ressaltou que tudo ocorreu "absolutamente de forma normal, dentro do planejado". O chefe da comunicação reforçou que o presidente deve continuar internado por mais alguns dias e que o quadro de saúde é estável.
+ Emendas parlamentares: Polícia Federal faz operação contra grupo suspeito de desviar R$1,4 bi
“Nós estamos todos acompanhando, estamos aqui na torcida para que o presidente se recupere o mais rapidamente possível”, completou.
Liberação de emendas
A reunião em que o presidente sentiu o mal estar aconteceu no Palácio do Planalto, com a presença do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG) e o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL). Eles tratavam da liberação de emendas parlamentares, após decisão do ministro do STF, Flávio Dino, que manteve as restrições para a liberação dos recursos, quando Lula sentiu dores de cabeça. Os chefes do executivo e do legislativo fecharam acordo de editarem uma portaria para adequar a liberação das emendas à determinação do Supremo.