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Lula diz que vai enviar medida provisória ao Congresso para acelerar ações contra riscos climáticos

A pedido da ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, presidente vai encaminhar Plano Nacional de Enfrentamento aos Riscos Climáticos Extremos ao Legislativo

Lula diz que vai enviar medida provisória ao Congresso para acelerar ações contra riscos climáticos
Presidente Lula concede entrevista remota à Rádio Norte FM | Reprodução
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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou, nesta quarta-feira (11), que vai enviar ao Congresso Nacional uma medida provisória (MP) que cria o Plano Nacional de Enfrentamento aos Riscos Climáticos Extremos.

+ Em meio a queimadas, Lula cria Comitê Nacional de Manejo Integrado do Fogo

O programa é um pedido da ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, e visa acelerar ações emergenciais no meio ambiente, com a criação de um estatuto jurídico.

"Nós temos que criar condições de sustentabilidade, também jurídica, para estarmos preparados [para o combate a questões climáticas de risco]. Vou encaminhar ao Congresso uma medida provisória criando estatuto jurídico da emergência climática", disse.

"Nosso objetivo é estabelecer condições de ampliar e acelerar as políticas públicas a partir de um Plano Nacional de Enfrentamento aos riscos Climáticos Extremos. Precisamos de adaptação e preparação para enfrentamento desse fenômeno. Então, por isso, isso vamos estabelecer uma autoridade climática", concluiu o presidente da República

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Lula ainda ressaltou que as questões climáticas deixaram de ser um assunto de futuro ou secundário, e já se tornaram uma prioridade no Brasil e no mundo. Ainda segundo o chefe do poder Executivo, o governo vai se preparar para enfrentar fenômenos climáticos extremos com mais eficiência.

"Nosso foco precisa ser adaptação e preparação para o enfrentamento deste fenômeno. Por isso, vamos estabelecer essa autoridade climática com um comitê técnico-científico [através da MP] que possa dar suporte e articule as ações do governo federal, junto aos governo estaduais e as prefeituras. Temos que levar a sério a questão climática. não é mais uma questão sceundária, da universidade ou apenas de cientista. É uma responsabilidade de todos nós", disse.

Incêndios

Em meio a uma seca histórica, as queimadas no Brasil em 2024 estão batendo recordes históricos. Apenas nas últimas 24 horas, o Brasil registrou 5.132 focos de incêndio, segundo o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe).

+ Frente fria se aproxima do Brasil, mas calor e fumaça devem continuar

Nos primeiros 10 dias de setembro, foram 37.492 focos registrados, o dobro do mesmo período de 2023 (15.613). O fogo é causado tanto pela seca extrema no país como por ações criminosas.

Até agora, duas importantes unidades de conservação já foram atingidas no Cerrado, o Parque Nacional da Chapada dos Guimarães (MG), que teve pontos turísticos interditados, e a Chapada dos Veadeiros (GO), com cerca de 10 mil hectares destruídos. Pantanal e municípios de São Paulo também passam por situação crítica.

Manejo de fogo

Além da MP que vai enviar ao Congresso, Lula também publicou, nesta quarta-feira (11), o decreto que cria o Comitê Nacional de Manejo Integrado do Fogo.

A medida, que visa facilitar a articulação em relação às queimadas, vem em meio ao alto número de incêndios florestais no país, que estão destruindo biomas como Amazônia e Pantanal.

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