Lula diz que governo vai liberar verbas para atender a emergências por vítimas da chuva no RS
Chefe do Executivo falou que governador e prefeitos ainda não têm noção do custo para reconstruir cidades afetadas por temporais e enchentes
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou, nesta terça-feira (7), que o governo vai liberar verbas para atender a emergências essenciais das vítimas de chuvas no Rio Grande do Sul. O presidente disse que o Planalto vai ajudar a reconstruir as estradas e que os ministérios estão autorizados a enviar verbas para hospitais, remédios, alimentação e melhorar acesso a recursos básicos, como água e energia
O presidente afirmou que o governo do Estado e os municípios vão poder, também a partir de hoje, cadastrar pedidos para reconstrução e conserto de escolas, creches, unidades de saúde, hospitais e recuperação de equipamentos destruídos ou danificados pela chuva.
"O ministro Renan [Filho, dos Transportes] está comprometido em recuperar o mais rápido possível a recuperação das estradas federais. Eu disse ao governador que temos interesse em ajudar as estradas estaduais. O emergencial vai ser liberado a partir de hoje. Vários ministérios já têm autorização para liberar os recursos iniciais para os primeiros socorros. Os ministérios vão liberar os recursos necessários para os primeiros socorros", disse.
Segundo o presidente, essas verbas iniciais vão servir para "colocar as crianças na escola, comprar remédios, colocar as pessoas nos hospitais, compra de comida, restabelecer acesso à água e energia".
Após atender as necessidades emergenciais, Lula afirmou que os prefeitos e governadores ainda não têm noção do tamanho do prejuízo e o quanto precisará ser investido para reconstruir o Rio Grande do Sul.
Ele citou as reuniões que teve com os presidentes do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), o vice-presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Edson Fachin, e presidente do Tribunal de Contas da União, Bruno Dantas, para um compromisso de reduzir burocracia no envio de recursos ao Rio Grande do Sul.
"Fiz questão de convocar o presidente da Câmara, o presidente do Senado, do Tribunal de Contas e da Suprema Corte para que a gente não crie burocracia entre os Três Poderes para enviar o dinheiro. A dificuldade inicial é que governadores e prefeitos ainda não têm noção do estrago que foi feito, por enquanto as pessoas imaginam. A gente só vai ter estrago real quando a água baixar", disse o presidente da República.
Aeroporto Salgado Filho
Em entrevista ao SBT, o ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho, afirmou que ainda não há um plano de recuperação do Aeroporto Internacional Salgado Filho, em Porto Alegre (RS), mas que um "grande volume de investimentos" já pode ser esperado para que as instalações voltem a "operar o quanto antes".