Lula diz que governo de Israel "continua matando mulheres e crianças" na Palestina
"A gente não pode se calar diante das aberrações", completou Lula; presidente também criticou "irresponsabilidade" do governo israelense na guerra com o Hamas
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) voltou a criticar a postura de Israel na guerra com o grupo extremista Hamas em compromisso de agenda no fim da manhã deste sábado (25), em São Paulo. "Quero pedir pra vocês uma solidariedade às mulheres e crianças que estão morrendo na Palestina por conta da irresponsabilidade do governo de Israel", disse.
Lula ainda repetiu que o governo israelense "continua matando mulheres e crianças" na Faixa de Gaza. "A gente não pode se calar diante das aberrações. A gente não pode deixar de ser solidário, porque amanhã a gente vai precisar de solidariedade", completou o chefe do Executivo, concluindo discurso.
Segundo a mais recente atualização do Ministério da Saúde de Gaza, divulgada neste sábado, 35,903 palestinos morreram desde o início do conflito, em 7 de outubro de 2023. O ataque do Hamas a Israel que provocou a guerra, naquele mesmo dia, deixou 1,2 mil mortos.
A fala de Lula sobre Israel ocorreu logo após o presidente também pedir solidariedade, além de uma salva de palmas, às populações do Rio Grande do Sul afetadas por chuvas e enchentes nas últimas semanas.
Neste sábado, o petista participou de evento de inauguração de obras viárias na rodovia Presidente Dutra, em Guarulhos (SP), na companhia do vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin (PSB), e de outros oito ministros, como Fernando Haddad (Fazenda) e Rui Costa (Casa Civil).
Nessa sexta (24), as Forças de Defesa de Israel (IDF, em inglês) confirmaram a morte do brasileiro Michel Nisenbaum, de 59 anos, feito refém pelo Hamas. Segundo a IDF, ele foi morto no ataque de 7 de outubro e, depois, levado para Gaza pelos extremistas palestinos.
Segundo autoridades de Israel, o Hamas sequestrou cerca de 250 pessoas no ataque de 7/10. Cerca de 100 reféns seguem em poder do grupo, com pelo menos 30 corpos ainda a serem recuperados.