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Política

Lula diz que COP30 não será do “luxo” e dormirá “num barco” após problemas de hospedagens em Belém

Presidente também cobra maior participação de países desenvolvidos no financiamento de ações ambientais

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O presidente Lula durante cerimônia de entrega de obras do Ministério da Educação em Breves, na Ilha do Marajó | Ricardo Stuckert/PR
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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou nesta quinta-feira (2) que a 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (COP30), que será realizada em Belém (PA) em novembro de 2025, não será “a COP do luxo”, mas sim “a COP da verdade”.

As declarações foram dadas durante cerimônia de entrega de obras do Ministério da Educação em Breves, na Ilha do Marajó, no Pará. Lula justificou a escolha da capital paraense como sede da conferência, apesar das dificuldades de infraestrutura.

“Eu sei os problemas de Belém. Sei o problema de drenagem, sei o problema da pobreza. Mas veja, por que aceitamos o desafio de fazer a COP lá? É porque é preciso mostrar para o mundo o que é a Amazônia e o que é o Pará”, disse.

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O presidente também cobrou uma maior participação de países desenvolvidos no financiamento de ações ambientais.

“Eu quero saber se o presidente Trump [EUA], se o presidente Xi Jinping [China], se o presidente Macron [França] estão preocupados em resolver o problema da situação climática. Para que a gente mantenha nossas florestas em pé é preciso que eles, que poluíram o mundo há muito mais tempo do que nós, resolvam pagar para que a gente possa dar qualidade de vida para o povo que mora na Amazônia”, afirmou.

Sobre a infraestrutura local, Lula mencionou que pretende dormir em um barco durante a conferência.

“Vamos fazer a melhor COP da história da COP desse país. A melhor COP com todos os problemas que a gente tem, até com carapanã picando um gringo. Não tem problema. Eles têm que saber como é que a gente vive. Eu falei para Janja, eu não vou nem para hotel, eu vou dormir num barco. Vou dormir num barco porque enquanto os gringos tiverem dormido, eu vou estar pescando”, afirmou.

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O preço das hospedagens é uma das principais preocupações para a realização da COP. Países já relataram à organização valores de diárias até 15 vezes maiores que os normais. Segundo o governo federal, estão previstas obras de infraestrutura para ampliar a capacidade de recepção da cidade até novembro.

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