Justiça eleitoral de SP decide que Boulos tem direito de resposta após Marçal acusá-lo de ser usuário de droga
Para a Justiça, as acusações de Marçal “extrapolam os limites da liberdade de expressão e do debate político”
O Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo (TRE-SP) concedeu direito de resposta ao candidato à Prefeitura de São Paulo Guilherme Boulos (PSol) após ele ter sido acusado pelo candidato do PRTB, Pablo Marçal, de ser usuário de cocaína durante debate na TV Bandeirantes, realizado no início de agosto. +TSE lança disque-denúncia para receber informações sobre notícias falsas nas eleições 2024 O direito de resposta foi concedido em duas decisões, publicadas no final de semana. A primeira é assinada pelo juiz Rodrigo Marzola Colombini. Já a segunda é de responsabilidade do juiz Murillo D’Avila Vianna Cotrim. As sentenças estabeleceram que Boulos poderá publicar a resposta nos perfis de Marçal nas diferentes redes sociais [Instagram, X, TikTok e YouTube]. Boulos deverá fazê-lo em até 48h após a intimação. A divulgação deve seguir as mesmas regras do uso habitual de Marçal, ou seja, se ele paga para impulsionar os conteúdos, assim deverá ser feito com as respostas de Boulos.
No debate, Marçal simulou o uso de cocaína ao se referir ao deputado e colocar o dedo no nariz. “Alô, Boulos, cheirador de cocaína. Pede aí a sua música no Fantástico. Já foi preso três vezes”, gritou Marçal. Questionado se tinha provas do que estava falando, o influencer respondeu: “Na hora certa eu vou mostrar”.
+Ataques, saúde e Cracolândia: veja os destaques do primeiro debate eleitoral da prefeitura de SP Pelas sentenças, as manifestações de Marçal contra Boulos constituem conteúdo “unicamente injurioso à pessoa do autor [Boulos], imputando a ele, seja através de imputação direta, seja através de gestos, a condição de usuário e viciado em entorpece". Para a Justiça, as acusações de Marçal “extrapolam os limites da liberdade de expressão e do debate político”.
+ O que você precisa saber sobre as eleições municipais de 2024 para não cair em desinformação